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Empresas discutem ampliação do mercado para carne suína durante a Avesui

Setor trabalha para mudar os hábitos dos brasileiros, que têm a carne bovina como preferência número um.

Redação (15/05/2008)- Os embutidos ainda são os mais populares na mesa dos brasileiros, mas o setor acredita que a venda de carne suína não processada seja o caminho para expandir os negócios. O tema foi debatido por empresários e produtores reunidos em Florianópolis (SC), na Avesui, a maior feira da indústria de frango e suínos da América Latina.

Uma caminhada pelos corredores do mercado público da cidade comprova: a carne bovina está no topo da lista de preferência dos brasileiros. É a mais procurada e a mais vendida, com a carne de aves em segundo lugar. A carne suína é apenas a terceira opção mais procurada.

As empresas que trabalham com suínos no Brasil querem reverter esse quadro e deixá-lo mais parecido com dos outros países. Segundo a Organização das Nações Unidas, a carne suína é a mais consumida em todo o mundo e fica com 39% do mercado. Em seguida vem o frango e só depois aparece a carne de boi.

O setor trabalha para mudar os hábitos dos brasileiros e os resultados começam a aparecer lentamente. Hoje, o consumo de suínos nos Brasil é de 13 kg por pessoa a cada ano.

O Ministério da Agricultura calcula que esse índice deve crescer 26% nos próximos 10 anos. O mercado interno que hoje compra 2,5 milhões de toneladas, deve passar a 3,14 milhões de toneladas em 2018. Outro desafio é conseguir mais compradores estrangeiros, como Europa, América do Norte e Rússia.

– O mercado internacional de carne suína é pequeno, e nós não temos acesso aos principais países exportadores, por uma razão externa que é a febre aftosa, que a sanidade animal brasileira. A gente não tem muita credibilidade lá fora – afirma Rubens Valentini, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos.