Redação (10/04/2008)- Boukai lembrou que os impactos causados pela utilização dos combustíveis fosseis, derivados do petróleo, têm causado ao meio ambiente problemas como o degelo das calotas polares, poluição atmosférica, efeito estufa, geração de resíduos tóxicos, entre outros. Nesse sentido, segundo pesquisa do Departamento de Energia e Agricultura dos Estados Unidos, o biodiesel se tornou uma alternativa ecológica pois reduz em 78% as emissões líquidas de CO2 (dióxido de carbono), poluente responsável pelas principais implicações ambientais.
O evento contou ainda com a presença do Pesquisador de Biodiesel do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), Rui Seiji Yamaoka, e do Coordenador do Programa Estadual de Bioenergia da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Richardson de Souza, que abordaram questionamentos voltados ao meio-ambiente. Temas como a inclusão de pequenos produtores no desenvolvimento do biodiesel e as perspectivas brasileiras para o futuro também receberam destaque.
Segundo Yamaoka, o Brasil tem potencial para produzir biodiesel não apenas com a soja, principal responsável pela fabricação dos biocombustíveis, mas também através de outras oleaginosas como amendoim, canola, girassol, mamona. Neste contexto, os pequenos produtores são beneficiados pelo “Selo Combustível Social”, programa desenvolvido pelo Governo Federal. O objetivo é estimular a inclusão social, através da geração de empregos e isenção de tributos, contribuindo para o aumento da renda.
Ao tratar de biodiesel, Souza destaca que a demanda de combustíveis renováveis é crescente e sua produção é estratégica para o país. “O biodiesel veio para ficar. Nos próximos 50 anos as discussões no mundo serão pautadas nele”, afirma. Ele fala ainda da importância do Emater no desenvolvimento desse projeto, na transferência de tecnologia e organização dos agricultores. “Através dela é possível uma sinergia entre produtores e as grandes empresas”, enfatiza.