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Entidades agrícolas protestam contra ataques às empresas

Segundo representantes, ações como estas contrárias à liberação de variedades de milho transgênico pelo governo e pela Justiça, ferem diretamente o princípio constitucional básico do direito à propriedade privada.

Redação (10/03/2008)-  A BRASPOV – Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais e a AGROBIO  Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e
Agroindústria repudiaram nesta sexta-feira, dia 7, novos ataques feitos a
empresas de biotecnologia. Para as duas entidades, "ações como essas,
contrárias à liberação de variedades de milho transgênico pelo governo e pela
Justiça, ferem diretamente o princípio constitucional básico do direito à
propriedade privada".
   
Em nota oficial, elas informam que atualmente 90% dos agricultores que
plantam transgênicos no mundo  ou mais de 10 milhões de pessoas  são pequenos
produtores de países em desenvolvimento, em especial na India e na China. E que,
por esse motivo, as instituições que ostentam uma bandeira em nome de pequenos
agricultores, para fazer invasões, escondem, na verdade, objetivos de ideologia
político-partidária.
 
Segue a íntegra do manifesto:

     "Mais uma vez a biotecnologia é alvo de uma injustificável onda de
ataques, que passa pela invasão da propriedade privada, destruição de
experimentos científicos e manifestações nem sempre pacíficas. Os maiores
prejudicados pelas ações deflagradas contra empresas de biotecnologia na manhã
de hoje, 7 de março, são os agricultores, a população e principalmente a
democracia de nosso País.

     Ações como essas, contrárias à liberação de variedades de milho transgênico
pelo governo e pela Justiça, ferem diretamente o princípio constitucional básico
do direito à propriedade privada. Além dos prejuízos materiais, é necessário
considerar o atraso que a destruição dos experimentos com transgênicos trarão à
ciência e à agricultura brasileiras. E deve-se levar em conta também os
prejuízos à própria democracia, principalmente porque os ataques ignoram o
processo transparente e legítimo, que obedeceu rigorosamente a legislação
vigente no país e que precedeu a aprovação da comercialização dessas variedades
de milhos.
     As entidades abaixo assinadas lamentam que, no Brasil instituições que
ostentam uma bandeira em nome de pequenos agricultores  escondendo, na verdade,
sua real ideologia político-partidária  tomam a frente deste movimento
antidemocrático, enquanto no resto do mundo os produtores familiares estão
aproveitando os benefícios da biotecnologia. Não é à toa que 90% dos
agricultores que plantam transgênicos no mundo  ou mais de 10 milhões de
pessoas  são pequenos produtores de países em desenvolvimento, em especial na
India e na China.
     Apesar dos recentes incidentes, as entidades ligadas ao agronegócio
brasileiro reiteram sua confiança na democracia, no Estado de Direito e, acima
de tudo, na Justiça, para resguardar os direitos assegurados pela Constituição e
o desenvolvimento técnico-científico de nosso País.
 
BRASPOV – Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais e
AGROBIO  Associação das Empresas de Biotecnologia" .