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Estoques mundiais de milho são os menores dos últimos 20 anos

Apesar do aumento da projeção de 779,83 milhões de toneladas de milho em maio, à frente da produção de 772,17 milhões de toneladas divulgada em abril, as cotações do grão reagiram e os contratos para dezembro fecharam em alta de 0,58% na Bolsa de Chicago.

Redação (13/05/2008)- Os estoques mundiais de milho estão no seu menor patamar dos últimos 20 anos. A relação entre estoque e dias de consumo, que já chegou a ultrapassar 150 dias, está abaixo de 50. o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), divulgado na última sexta-feira agravava a situação e apresenta uma relação estoque/dia crítica para as culturas de soja e milho.

De acordo com análise feita pela Agência Rural para o DCI hoje os estoques de soja dariam para atender o consumo interno norte-americano por 17 dias. Em 2007, essa relação ultrapassa os 60. A relação estoque mundial/dia também apresenta um recuo importante. O índice que em 2007 estava acima de 100, hoje está abaixo de 80.

No caso do milho a relação estoque/dia é de 34, sendo que para essa cultura, a redução de 45% dos estoques de passagem para a safra 2007/2008 para a próxima safra, deve fazer essa relação recuar para 22 dias em 2009.

Apesar do aumento da projeção de 779,83 milhões de toneladas de milho em maio, à frente da produção de 772,17 milhões de toneladas divulgada em abril, as cotações do grão reagiram e os contratos para dezembro fecharam em alta de 0,58% na Bolsa de Chicago. “Há uma preocupação muito grande em relação ao clima que não está sendo favorável ao plantio de milho”, avalia Gabriel Pesciallo, analista da Agência Rural.

Na avaliação de alguns analistas, o estoque norte-americanos. De 19,37 milhões de toneladas, pode ser bem menor do que foi divulgado, mas o USDA amenizou a situação, anunciando números mais otimistas. No dia que antecedeu a divulgação do relatório a cotação do milho foi recorde pela sétima vez desde o fim de março e na sexta atingiu o patamar de US$ 6,39 o bushel.

“Qualquer volume abaixo dos atuais irá alarmar o mercado que deve responder elevando ainda mais a cotação que pode chegar a US$ 7 nos próximos dias”, afirma Paulo Molinari, analista de mercado de milho da Safras&Mercado.

A previsão é de que a produção de milho norte-americana volte a recuar ainda nessa safra já que a dificuldade no plantio em razão do clima e da alta dos preços da soja façam com que muitos produtores migrem de cultura. No último pregão os contratos da soja em Chicago com vencimento em novembro tiveram alta de 4,66%.

A alta dos grãos também alavancou o preço das commodities. O Índice Reuters/Jefferies CRB avançou até 1% para 426,31 pontos, o patamar histórico mais alto e os preços do petróleo bruto dispararam para US$ 126,20 o barril.