Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

FAO prioriza prevenção e erradicação de doenças fronteiriças em animais

A apresentação sobre o tema destacou que a América Latina e o Caribe são as regiões do mundo que mais produzem carne de gado, aves e ovos e a terceira em produção de carne suína.

Redação (14/04/2008) – A prevenção e a erradicação de doenças como a gripe aviária, a febre aftosa, a peste suína clássica, a encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca) e a miíase (bicheira) na América Latina e Caribe foram temas do painel “Enfermidades Transfronteiriças”, da 30ª Conferência Regional da FAO para a América Latina e o Caribe. O encontro teve início nesta segunda-feira (14) e vai até a próxima sexta-feira (18), no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O representante da FAO Tito Diaz iniciou a apresentação sobre o tema lembrando que a América Latina e o Caribe são as regiões do mundo que mais produzem carne de gado, aves e ovos e a terceira em produção de carne suína. Nos últimos dois anos, a produção de carne na América Latina cresceu a uma taxa anual muito superior à média mundial de 2,1%. O produto mais importante continua sendo a carne bovina, que representa 40% do valor da produção pecuária regional, seguido pelo forte dinamismo da produção avícola.

Esse crescimento tem sido acompanhado por um acesso maior dos produtos pecuários da América Latina ao mercado global, ao mesmo tempo em que se intensificaram as exigências dos mercados internacionais em termos sanitários e de qualidade dos produtos pecuários. Isto torna indispensável e urgente fortalecer os sistemas nacionais de saúde animal, para evitar os prejuízos decorrentes dessas enfermidades em razão do fechamento dos mercados.

Segundo o palestrante da FAO, o fortalecimento dos sistemas de controle de sanidade animal não deve ser realizado de forma isolada. Os países devem trabalhar de forma coordenada e articulada na prevenção e erradicação das doenças. Tito Diaz ressaltou a necessidade de cooperação técnico-científico das agências internacionais de saúde animal.

Diaz lembrou que o Brasil está “em vias de reconhecimento internacional de 12 estados como área livre de febre aftosa com vacinação”. Recomendou às delegações dos países que se mantenham alertas em relação à gripe aviária e à vaca louca, doenças que ainda não tiveram ocorrências registradas no continente sul-americano.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esteve representado na conferência pelo secretário-substituto de Relações Internacionais do Agronegócio, Lino Colsera, pelo diretor de Programas da Área Animal, Jorge Caetano e pelo diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Jamil de Souza.