Redação (24/04/2008)- Na manhã de ontem, em Curitiba, eles tiveram um encontro com o secretário de Estado da Agricultura, Valter Bianchini, onde puderam esclarecer dúvidas e falar sobre o motivo da visita.
“Rhônes-Alpes tem uma política forte contra transgênicos. É uma região de criação e que necessita bastante de soja. Estamos aqui (no Paraná), para avaliar em que medida a política paranaense de produção é segura e a que preço o Estado pode nos fornecer a torta e o farelo de soja, sendo que na França a torta convencional custa até 30% mais do que a transgênica. Com base nas respostas que obtivermos, nossa visita pode resultar em novas relações comerciais”, declarou o conselheiro regional de Rhônes-Alpes e líder do Partido Verde, Gerard Leras.
Por sua vez, o secretário Bianchini revelou que a visita dos franceses está sendo encarada como uma forma de reconhecimento e valorização à produção agroecologicamente correta que vem sendo desenvolvida pelo Paraná. “O interesse do grupo da França é um incentivo à produção que desenvolvemos. O Brasil tem uma lei de biossegurança bastante rígida e, no Paraná, há monitoramento para saber se a soja é transgênica ou não desde a origem até o Porto de Paranaguá, que tem um armazém específico para receber o produto convencional. Atualmente, a soja não transgênica tem um menor custo de produção e um melhor preço de comercialização”, afirmou.
Na tarde de ontem, o grupo de franceses realizou visitas técnicas aos laboratórios do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) e da Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos). Hoje, eles devem conhecer a cooperativa Castrolanda, no município de Castro, e a cooperativa Batavo. Amanhã, se deslocam até a cidade de Palmeira e realizam uma visita a um campo de produção. No sábado, terão a oportunidade de conhecer o Porto de Paranaguá.
Atualmente, o Brasil tem 20 milhões de hectares de plantio de soja, devendo produzir, este ano, 60 milhões de toneladas. No Paraná, segundo maior produtor, são 4 milhões de hectares. Este ano, a produção deve ser de cerca de 12 milhões, sendo aproximadamente 55% soja convencional.