Redação (12/01/2009) – Melhor para a avicultura, impossível. A região tem infra-estrutura, condições climáticas, abundância de mão-de-obra, localização estratégica e está ao lado de grandes lavouras que produzem a matéria-prima para a ração das aves. Assim é Nova Marilândia, o pólo avícola regional, onde está em construção um frigorífico com capacidade para abate diário de 140 mil frangos.
Até meados do ano a indústria entrará em funcionamento gerando centenas de empregos diretos e indiretos e ampliando a demanda por frangos, o que exigirá novos aviários.
Em fevereiro, a União Avícola Agroindustrial – dona do frigorífico -, empresa que carrega a logomarca da Perdigão, dará a largada para que avicultores construam 240 galpões naquele município e em Alto Paraguai, Nortelândia, Arenápolis e Santo Afonso.
A avicultura pelo sistema de integração em Nova Marilândia começou há sete anos, com dois projetos Casulo – São Francisco de Paula e Vila Nova – do governo federal em parceria com Mato Grosso e a prefeitura. A proposta, parcialmente executada, era a de desenvolver a atividade para gerar renda familiar e paralelamente a isso recuperar o passivo ambiental da trágica herança do garimpo.
Construídos sobre áreas degradadas no projeto Vila Nova, dezenas de galpões passaram a alojar frangos, juntamente com outros, no São Francisco. A produção se destina ao frigorífico da Perdigão, em Nova Mutum, numa distância média de 160 km dos aviários.
No pico da produção, 112 aviários funcionavam. Agora, 83 estão em atividade. O avicultor, vereador e ex-secretário de Agricultura do município, José Soares de Araújo, revela que 20 mil frangos são colocados diariamente no mercado.
Araújo é ex-garimpeiro na região e avicultor parceleiro da reforma agrária na chácara Soares de 4,5 hectares, onde aloja 16 mil frangos. A atividade absorve a mão-de-obra do casal e de seus dois filhos, e seu faturamento familiar médio mensal é de R$ 1.750.