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Frigorífico garante presença em blocos econômicos importantes

As exportações do frigorífico começaram no ano 2000. Os espanhóis foram os primeiros compradores estrangeiros, encomendaram 24 toneladas de filé de peito.

Redação AI (17/01/06) – Os chineses vieram em seguida: compraram pés de frango. Em 2003, foi a vez de prospectar o Iêmen. Este ano as vendas para o país árabe se consolidaram. “São 300 toneladas por mês”, afirma Ana Cláudia. O frango exportado para o Iêmen segue as regras do abate halal. “Vendemos a ave inteira, com ou sem miúdos – broiler ou griller”, explica.

Em 2004, a Macedo destinou 45% da sua produção para o exterior, foram 17 mil toneladas. As vendas externas responderam por 80% do faturamento da companhia. O mercado interno absorveu 21 mil toneladas de carne de frango. No Brasil, além dos cortes tradicionais – coxa e sobre-coxa -, a empresa vende cortes temperados. Nesse segmento, esta semana, a companhia lançou produtos com baixo teor de sódio, com o selo do Fundo de Aperfeiçoamento e Pesquisa em Cardiologia (Funcor).

Segundo Ana Cláudia, a nova linha atende às necessidades do consumidor atual, preocupado em ter hábitos alimentares mais saudáveis. O produto também é indicado para consumidores hipertensos e diabéticos, que não podem ingerir cloreto de sódio em excesso. “A redução de sódio nos produtos varia de 36% a 44% do valor encontrado na média dos cortes temperados do mercado. O valor calórico é entre 18% e 56% menor”, explica.

As pesquisas para desenvolver os frangos temperados mais saudáveis duraram um ano. Inicialmente, os produtos serão vendidos nos estados do Sul – Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. “O mercado externo ainda não foi prospectado para essa linha”, diz.

O Brasil é o maior exportador de frangos do mundo. De janeiro a dezembro do ano passado, as exportações brasileiras de carne de frango somaram 2,47 milhões de toneladas, com um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2003. A receita de exportação chegou a US$ 2,6 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 44% na mesma comparação. O país detém 42,8% do mercado mundial de carne de frango.

O Oriente Médio foi o maior importador do produto brasileiro. Foram embarcadas, em 2004, 750 mil toneladas de carne, 22% a mais que em 2003. A receita cambial, de US$ 672,5 milhões, foi 33% superior a do ano anterior. A Arábia Saudita, país que lidera o ranking dos importadores do produto nacional, comprou 332.611 toneladas.

A produção brasileira em 2004 foi de 8,494 milhões de toneladas, resultado do abate de 4,042 bilhões de aves. O mercado doméstico absorveu 71% (6,069 milhões de toneladas), permitindo um consumo per capita de 33,88 kg por habitante.