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G8 mostra preocupação com choque de commodities

Muitos ministros aparentaram mais preocupação com o desaquecimento das economias atingidas pela crise de crédito do que com o aumento dos preços.

Redação (16/06/2008)- As nações mais ricas do mundo alertaram no sábado que os preços elevados das commodities podem abocanhar um pedaço do crescimento econômico, mas não anunciaram um plano para acalmar os mercados ou abrandar os protestos sobre o custo dos combustíveis e dos alimentos.

O câmbio não foi discutido na reunião dos ministros da Economia do G8 em Osaka, no Japão, e analistas dizem que o dólar deve recuar na segunda-feira.

Um pedido da Itália por regulação para diminuir a especulação nos mercados futuros de petróleo encontrou resistência dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

Muitos ministros aparentaram mais preocupação com o desaquecimento das economias atingidas pela crise de crédito do que com o aumento dos preços.

"Os preços elevados das commodities, especialmente de petróleo e alimentos, representam um sério desafio para estabilizar o mundo, têm sérias implicações para os mais vulneráveis e podem aumentar a pressão inflacionária global", afirmaram os ministros em um comunicado.

O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, disse que o petróleo caro pode estender o desaquecimento dos EUA; o Fundo Monetário Internacional (FMI) falou em prolongada fraqueza econômica; e o comissário econômico da União Européia, Joaquin Almunia, alertou sobre a estagflação dos anos 1970 em uma entrevista a um jornal japonês.

O G8 reconheceu a dificuldade em sustentar o crescimento após problemas no setor imobiliário dos EUA gerarem uma crise global de crédito.

O risco dos preços recordes do petróleo e de alimentos contagiar salários e outros custos tornou "as escolhas de política mais complicadas", acrescentou o grupo.