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Galinha nacional

Uma pesquisa da Embrapa do Piauí pode resultar na primeira raça de galinha caipira do Brasil.

Redação (15/04/2008)- A ave tem que ser resistente ao clima do Nordeste e com vantagens econômicas para o criador.

No cardápio da maioria dos restaurantes de Teresina ela tem lugar garantido. A carne, de custo acentuado e com baixo teor de gordura, faz da galinha caipira um dos pratos mais pedidos no Nordeste.

A galinha caipira apreciada nos restaurantes está sendo estudada geneticamente e aperfeiçoada para se tornar mais competitiva em termos de produção. Há dois anos, a Embrapa Meio Norte, em Teresina, iniciou um processo de identificação dos grupos genéticos que, futuramente, serão transformados nas primeiras raças de galinha caipira do Brasil. O trabalho começa no laboratório de biologia molecular.

“Nosso objetivo é identificar galinhas geneticamente distintas da região meio Norte, Piauí e Maranhão, para que possamos chegar a criar uma raça com aptidões específicas de postura de corte”, explicou Fábio Diniz, pesquisador da Embrapa.

Para atingir o desempenho produtivo e econômico superior ao dos sistemas tradicionais, a Embrapa trabalha com quatro tipos de galinha: de plumagem avermelhada, mais voltada para a postura; a de cor preta, ideal para a produção de carne por ter mais facilidade de crescimento e engorda; a galinha de penas coloridas, que tem aptidão mista, boa para produzir ovos e carne; e a brejeira, considerada mais tolerante à ambientes úmidos.

Da pesquisa deve sair uma galinha caipira genuinamente piauiense, adaptada ao clima quente e seco que se alimenta basicamente de fibras, resistente a muitas doenças e, o melhor, sem perder a qualidade e o sabor da carne.

Com o melhoramento genético, os cortes nobres da carcaça da ave, como coxa, sobrecoxa e peito, também terão maior proporção de carne.

Nos próximos meses, o projeto de multiplicação das galinhas vai ser instalado em sete municípios do Piauí.