Redação (10/06/2008)- A alta no preço dos produtos básicos está entre os fatores responsáveis pelo aumento das importações brasileiras no início de junho, que cresceram 81% em relação ao mesmo período de 2007, enquanto as exportações avançaram apenas 40%.
Segundo dados da balança comercial brasileira, o valor gasto com as compras externas de combustíveis e lubrificantes praticamente triplicou na primeira semana do mês em relação ao mesmo período do ano passado, um aumento de 197% (US$ 244 milhões na média diária). Além dos combustíveis pesaram o aumento nas importações de adubos e fertilizantes (+124,8%) e produtos siderúrgicos (+110,1%).
Neste ano, o preço do barril de petróleo já subiu quase 50%.
A balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de junho, exportações de US$ 4,592 bilhões e importações de US$ 4,208 bilhões. A diferença entre os dois números resultou em um superávit comercial (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 384 milhões.
Exportações
As exportações brasileiras também foram puxadas pelos produtos básicos (+75,7% a mais). Os destaques ficaram com o petróleo bruto (+171%, US$ 154 milhões na média diária) e a soja em grão (+108%, US$ 128 milhões).
Já os produtos de maior valor agregado (semi-manufaturados e manufaturados) tiveram aumento de cerca de 20% nas exportações.
Ano
No ano, o saldo comercial registrado foi de US$ 9,039 bilhões, 48,1% menor que o verificado no mesmo período do ano passado na comparação entre as médias diárias.
As exportações somaram US$ 76,646 bilhões, com média diária de US$ 716,3 milhões, um incremento de 23,7% sobre o desempenho médio diário apresentado no mesmo período de 2007. Na mesma comparação, observou-se um crescimento de 51,8% nas importações brasileiras (US$ 67,607 bilhões).
Recorde
No mês de maio, devido à greve dos auditores fiscais, que causou atraso nos embarques e desembarques de mercadorias, as exportações e importações tiveram valor recorde. Na época da divulgação, o governo informou que esperava um aumento maior das exportações a partir desse mês, o que ainda não se verificou no começo de junho.