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Gigante da soja quer faturar R$ 4,2 bi

A aposta do presidente da Coamo é superar a marca recorde de 2004, quando a cooperativa faturou R$ 4 bilhões.

Redação (01/07/2008) – Na safra atual a Coamo recebeu 2,5 milhões de toneladas de soja, mais de 20% da produção estadual, estimada pela Expedição Caminhos do Campo/Gazeta do Povo em 11,88 milhões de toneladas. No ano passado, a cooperativa processou 1,54 milhão de toneladas do grão e exportou 1,63 milhão de toneladas em produtos agropecuários. Um pouco de milho, mas a maioria absoluta do volume foi de soja (óleo, farelo e in natura). O complexo responde, em média, por 40% do seu faturamento global, que no ano passado foi de R$ 3,47 bilhões.

Mas a Coamo quer crescer ainda mais. A previsão de receita para este ano é de R$ 4,2 bilhões, 20% acima do resultado obtido em 2007. A aposta do presidente José Aroldo Gallassini é superar a marca recorde de 2004, quando a cooperativa faturou R$ 4 bilhões. Nos anos seguintes, principalmente por causa da seca, o desempenho caiu a R$ 2,66 bilhões, no dado do exercício de 2006.

Estratégia

As projeções da maior empresa de capital privado do Paraná, consideram a participação da indústria na agregação de valor e a conjuntura do mercado internacional, com demanda aquecida e cotações em alta.

Hoje, os maiores compradores da Coamo estão na Europa, com quem a cooperativa negocia contratos CIF (Cost, FreightInsurance) – mercadoria entregue no porto de destino indicado pelo comprador. A indústria, porém, nem sempre é o melhor negócio. “Neste ano, por exemplo, a transformação teve um fator de rentabilidade muito maior. Mas, as vezes, o grão remunera melhor”, lembra o dirigente.

A cooperativa pretende ampliar a sua participação no varejo, mas a soja continuará sendo o carro-chefe e a principal matéria-prima. Produtos como óleo refinado, margarina, trigo, café e gordura vegetal devem estar cada vez mais presentes nos supermercados. Pelo menos por enquanto, está descartada a entrada em novos segmentos.

A transformação dos produtos primários é feita em cinco unidades industriais, duas próprias e três arrendadas, incluindo uma fiação de algodão. A área de alimentos, que responde por 10% do resultado, representou no ano passado R$ 350 milhões do faturamento.

Limite

Sobre o tamanho do negócio da Coamo, o potencial de faturamento, Gallassini é mais prudente e condiciona esse fator ao limite dos associados. O que é possível, explica, é aumentar o quadro social e trabalhar questões como o aumento da produtividade e a eficiência do cooperado e da cooperativa.

A concentração da atividade em cima da soja não preocupa o dirigente, para quem o crescimento é sólido, equilibrado e sustentável.