Redação SI (18/01/06) – O diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), João Cavalléro, anunciou oficialmente nesta segunda, dia 16, o término de abates e a conseqüente erradicação da febre aftosa em Mato Grosso do Sul. Com gastos de R$ 4 milhões pela Agência, foram sacrificados 30.383 animais, incluindo bovinos, ovinos/caprinos e suínos. De acordo com cálculo da Superintendência Federal de Agricultura, a quantia paga em indenizações a proprietários deve chegar a R$ 12 milhões.
Cavalléro confirmou a visita de uma missão da União Européia no dia 23 de janeiro, iniciativa que abre portas para o possível fim do embargo imposto por conta da febre aftosa.
Todas as propriedades já estão em vazio sanitário. Prosseguimos com desinfecção dentro dos mais rigorosos padrões e daqui a 30 dias colocaremos os animais sentinela.
O “vazio sanitário” significa que as propriedades ficam sem rebanho por 30 dias até que se coloquem os animais sentinela (suscetíveis à doença, sem vacinas nem anticorpos, para que se verifique se ainda há atividade viral na área). A etapa seguinte é o repovoamento com 20% do rebanho a cada 15 dias (ou seja, em cinco etapas, num total de 75 dias).
Para Dagoberto e Cavalléro, a vinda da missão européia significa um avanço e uma possibilidade. Avanço porque, tradicionalmente, essa visita só se daria seis meses após o abate do último animal e está acontecendo em seguida e possibilidade porque significa a chance de a União Européia voltar a comprar a carne sul-mato-grossense. As equipes visitarão laboratórios no Rio Grande do Sul e Pará que trabalharam com material processado de Mato Grosso do Sul. Se a visita for bem-sucedida, será um importante precedente para outros países liberarem também a compra, já que o mercado europeu é um dos mais rigorosos.