Redação (19/06/2008)- O coordenador de cereais da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese, disse ontem que o governo manterá os leilões de compra de milho para atender consumidores do Norte e do Nordeste. Mas, como os dois primeiros leilões não despertaram interesse dos vendedores, o governo estuda ampliar as localidades para entrega do produto.
O município de Barreiras, no oeste da Bahia, por exemplo, deverá ser incluído entre as praças para recebimento do cereal. Os leilões anteriores previam entrega do milho em Ponta Grossa (PR), Uberaba (MG) e Rio Verde (GO).
Farnese atribuiu a falta de interesse nos leilões às altas recentes dos preços do milho no mercado internacional, com reflexo no mercado interno. O excesso de chuva está prejudicando a safra de milho dos Estados Unidos e as geadas podem ter comprometido a produtividade da safrinha no Paraná e Mato Grosso do Sul. "Fomos atropelados pelo que aconteceu nos Estados Unidos e no Paraná. Esses fatos não permitiram a compra", disse.
Segundo ele, os preços para o leilão dessa quarta-feira foram definidos antes dos acontecimentos recentes e, portanto, não consideram a alta das cotações dos últimos dias.