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Greve dos auditores fiscais pode parar o Porto de Itajaí

Só serão liberados, nos portos e aeroportos, cargas perecíveis, explosivas e inflamáveis, além de medicamentos.

Redação (24/03/2008)- Os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil entraram em greve por tempo indeterminado na manhã da última terça-feira. Os trabalhadores reivindicam 42% de reajuste salarial; a proposta de reajuste apresentada pelo governo é de 17%. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) não tem um balanço sobre a adesão à greve, mas garante que 30% do atendimento, estipulado por lei, está mantido. Só serão liberados, nos portos e aeroportos, cargas perecíveis, explosivas e inflamáveis, além de medicamentos.
Outra reivindicação da categoria é uma solução para as distorções entre os salários. De acordo com o Unafisco, a Receita Federal conta com 12 mil auditores fiscais em todo o País. A greve dos auditores fiscais poderá gerar uma grande crise no Porto de Itajaí. Já a partir desta semana, o terminal deverá sentir os efeitos da paralisação. Força motriz da economia, a importação e exportação de mercadorias é responsável por cerca de 60% da arrecadação e coloca o terminal itajaiense em segundo lugar na movimentação de cargas frigorificadas do Brasil.
Segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional de Auditores da Receita Federal (Unafisco), Gelson Myskovsky, os trabalhadores deverão apenas averiguar alguns tipos de cargas e proceder de forma padrão dentro dos terminais portuários. "Vamos liberar cargas perigosas, perecíveis e tóxicas. O frango congelado, por exemplo, não é considerado perecível e ficará sem qualquer averiguação por parte dos nossos fiscais. A operação será padrão e, com certeza, vai atrasar a produção nos portos e aeroportos", concluiu.