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Gripe aviária ataca

Uma das grandes preocupações das autoridades de saúde em todo mundo nos dias de hoje é como lidar com a gripe aviária, uma doença contagiosa que ocorre naturalmente entre as aves selvagens e que se transmite para aves domésticas.

Redação AI (31/01/06) – Desde dezembro de 2003, já foram identificados casos em humanos em alguns países da Ásia, como China, Japão, Vietnã, Tailândia e Indonésia. Também já foram registrados casos na Rússia, Ucrânia e Turquia. No Brasil, existe uma vigilância rígida implantada há cinco anos, com coleta semanal de informações sobre casos de gripe nas cinco regiões do país e quais os vírus em circulação. “O vírus que causa a gripe aviária é um subtipo do Influenza A, designado H5N1, e que vem provocando novos episódios da doença no mundo”, explica o mestre em Saúde Pública Celso Pugliese, lembrando que é muito importante que “toda suspeita de ocorrência da doença seja notificada às autoridades de saúde”. O vírus contamina o corpo humano através da respiração ou do contato das mucosas (boca, nariz, olhos) com aves infectadas durante o abate, depenar, comercialização das carnes e sua preparação para o cozimento. “A gripe aviária não é transmitida pelos alimentos cozidos e não há evidências de transmissão de pessoa para pessoa”, alerta o especialista da Promédica. Os primeiros sintomas parecem com os de uma gripe comum: febre, dores de cabeça e dores no corpo. “Mas podem evoluir para uma pneumonia, atacar os rins e causar falência de órgãos”, completa o médico.

   Os Ministérios da Agricultura e da Saúde estão em permanente contato para evitar que a doença chegue ao Brasil, desenvolvendo ações como proibir importações de produtos (carnes e derivados de aves domésticas) das regiões afetadas e adquirindo a medicação apropriada para o tratamento. Ainda não existem remédios ou vacinas que possam prevenir a gripe asiática, porém “alguns países já receberam apoio da Organização Mundial de Saúde para realizar pesquisas para a descoberta de uma vacina capaz de dar proteção conta o H5N1”, conclui Pugliese.