Redação AI (20/02/06)- O presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Zoé Silveira dAvila, criticou há pouco a demora do governo federal em propor regras para a prevenção da gripe aviária e da doença de Newcastle. “A burocracia é muito grande”, afirmou. Segundo ele, o Ministério da Agricultura prometeu divulgar as diretrizes do plano em 15 de dezembro, mas as regras só foram definidas hoje com a publicação no Diário Oficial da União da portaria 48 que submete à consulta pública por um prazo de 30 dias projeto de instrução normativa. O representante da UBA pediu ao governo rapidez na definição do assunto.
A portaria determina adesão voluntária dos estados ao plano e o cadastro de todas as propriedades rurais voltadas para a avicultura. Aos governos estaduais também caberá a identificação dos sítios de aves migratórias e o mapeamento da avicultura de subsistência. O temor é que aves migratórias possam trazer a gripe aviária para o território nacional, explicou ele.
“Em relação ao Brasil, os surtos que mais se aproximaram geograficamente do País foram registrados na Colômbia e no Chile”, lembrou a UBA. Com a regionalização, um estado poderá barrar aves e derivados de aves que não estejam participando do programa de sanidade, prevê a portaria editada pelo ministério. Produtores e exportadores de frango reuniram-se hoje na sede da UBA, em Brasília, para tratar do plano e também da possibilidade dos fiscais federais agropecuários realizarem uma greve no mês de março.