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IBGE revela que o Paraná é campeão nacional na produtividade de soja e milho

Países da Europa além da Índia e China estão vindo buscar produtos no Estado em função da qualidade dos grãos.

Redação (09/01/2008)- O Paraná encerrou o ano de 2007 com a colheita de 29,03 milhões de toneladas de grãos, que correspondeu a uma participação de 21,8% da produção nacional, que atingiu 133 milhões de toneladas, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os levantamentos do IBGE e da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgados nesta terça-feira (08), apontam o Estado como o maior produtor de grãos do País. Conforme o IBGE, o Rio Grande do Sul colheu 18,4 milhões de toneladas de grãos, e o Mato Grosso, 18 milhões.

Para 2008, o IBGE está prevendo uma produção de 135,7 milhões de toneladas de grãos no País, um acréscimo de 2,1% sobre a atual safra. A Conab está prevendo uma produção de 28,95 milhões para o Paraná, um aumento de 1,9% sobre a safra 06/07, que atingiu 28,4 milhões de toneladas, segundo seu levantamento. Os levantamentos entre Conab e IBGE, apesar de serem divulgados no mesmo dia, ainda permanecem distintos.

O levantamento do IBGE revela que o Paraná se destaca também como campeão em produtividade dos principais grãos produzidos no Estado, como soja e milho. O secretário da Agricultura, Valter Bianchini, lembra ainda que a produção de grãos do Paraná vem se destacando pela qualidade.

Segundo ele, países da Europa além da Índia e China estão vindo buscar produtos no Paraná em função da qualidade dos grãos. O diferencial da produção aparece desde a escolha da semente e na redução da aplicação de insumos agressivos à saúde humana. Segundo Bianchini, a política do governo do Estado de valorização da produção convencional de grãos contribui com a qualidade da produção.

GRÃOS – Na safra 2007 foram colhidas 11,88 milhões de toneladas de soja no Paraná, o segundo maior produtor do País. Para 2008, a previsão é de estabilidade na produção.

O estado do Mato Grosso é o maior produtor de soja, com uma produção de 16,4 milhões de toneladas em 2007. Mas a produtividade da soja no Paraná alcançou um rendimento de 3,03 quilos por hectare, acima da produtividade do Mato Grosso que foi de 3,02 quilos por hectare na safra 2007.

O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Francisco Simioni, acredita que o rendimento da soja na safra 2008 poderá superar a de 2007 porque o desempenho das lavouras "está excelente".

O levantamento do IBGE aponta que a produção do milho consolida o estado do Paraná como o maior produtor, com uma produção de 8,9 milhões de toneladas na primeira safra. A diferença com o segundo colocado, que é o estado de Minas Gerais, é de 2,7 milhões de toneladas. O estado de Minas Gerais produziu 6,2 milhões de toneladas de milho.

Para 2008, o IBGE prevê um crescimento de 1,7% na produção de milho e em 4,1% na área plantada. Também no milho o Paraná foi o campeão de produtividade, segundo o IBGE. No Paraná a produtividade alcançada na safra 2007 foi de 6.480 kilos por hectare, enquanto em Minas Gerais foi de 4.770 kilos por hectare.

A produção de café no Paraná será 34,3% maior em 2008, revela o IBGE. Deverão ser colhidas 139,53 mil toneladas enquanto em 2007 foram colhidas 103.913 toneladas. Para Simioni, essa evolução está acontecendo em função do programa de substituição do plantio tradicional pelo plantio adensado de café, que a cada ano está incorporando novas áreas de produção.

A produção de cana-de-açúcar também avança de 46,8 milhões de toneladas produzidas em 2007 para uma expectativa de produção de 52,9 milhões de toneladas em 2008, uma alta de 13%. As áreas plantadas com cana estão avançando sobre áreas de pastagens, principalmente na região Noroeste do Estado.

O feijão é um cultura que vai sofrer redução na produção este ano. Para 2008, a previsão aponta para uma produção de 433,13 mil toneladas, uma queda de 22,3% em relação à produção de 2007 que foi de 557,16 mil toneladas. A colheita é menor, mas o produtor está ganhando mais, em função da escassez do produto no mercado, observou Simioni. Em um ano, a venda da saca de feijão de cor aumentou 215% e o feijão preto, 163%.