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Investimentos em créditos de carbono será discutido em MT

Será realizado no dia 24/04 o "1 Seminário de Intercâmbio e Investimentos Mato Grosso / Japão em Projetos de MDL e Crédito de Carbono".

Redação (18/04/2008)-  O evento tem o objetivo levar conhecimento e apresentar às empresas potenciais, alternativas para o desenvolvimento de projetos que gerem crédito de carbono. As palestras abordarão as melhores práticas de comercialização, panorama do mercado dos projetos brasileiros de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), a recuperação de mata ciliar e crédito de carbono, dentre outros temas. O seminário é dirigido a empresários do setor industrial, comerciantes, agropecuaristas, concessionárias de energia elétrica, órgãos governamentais, associações e fornecedores de serviços e soluções para o setor.

O evento será realizado em dois períodos e contará com a participação do assessor técnico da  Coordenação Geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mauro Meirelles de Oliveira Santos, que vai apresentar os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil com base no protocolo de Quioto. A palestra está prevista para acontecer às 9h30. Na seqüência o gerente de Meio Ambiente do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A, Hajime Uchida, vai abordar os investimentos japoneses em projetos MDL e apresentará uma case nacional. 

No período da tarde vão acontecer as palestras sobre o papel da JICA no mercado brasileiro, ministrada pelo coordenador ajunto da Jica no Brasil, Yoshihiro Miyamoto; o diretor do Meio Ambiente da empresa de energia de São Paulo (AES), Demóstenes Barbosa, falará sobre a recuperação de mata ciliar e crédito de carbono e a geração de crédito de carbono em hidrelétricas. Quanto ao seqüestro de carbono na área de manejo florestal será apresentado pelo diretor da Plant Inteligência Ambiental, Dr. Warwick Manfrinato. O marcado do etanol também será debatido pelo presidente do Sindalcool, Piero Vincenzo Parini; o representante do Instituto de Resíduos, Eduardo Figueiredo Abreu vai abordar a queimada de resíduos para geração de Crédito de Carbono. 

“A questão ambiental é um assunto que há muito tempo vem sendo discutida. Com a elaboração do protocolo de Quioto, os países com maior potencial de emissão de gás carbônico têm buscado alternativas de compensação. Neste seminário, nós vamos conhecer projetos que estão dando certo no mundo e no Brasil”, enfatizou Nívea Miglioli, do Centro Carbono da Famato. 

Uma das provas de que o mundo quer uma alternativa de controlar os reflexos do aquecimento global, é o Japão. Que está apoiando os países em desenvolvimento a reduzir as emissões de carbono, responsáveis pelas mudanças climáticas. O país oferecerá, nos próximos cinco anos, US$ 10 bilhões para medidas de contenção das mudanças climáticas. Neste contexto, o Brasil é um dos países ‘cotados’ para os investimentos, fato que coloca Mato Grosso na rota dos estados em potencial para  receber tal aporte.

Crédito de Carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. 

Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de ‘redução de emissão’ ou ‘permissão de emissão’ no mercado nacional ou internacional. Os países desenvolvidos podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países.

O Seminário é uma realização do Sistema Fiemt com apoio do Governo do Estado de Mato Grosso, Casa Civil, Comissão Nacional de Imigração Japonesa, do Instituto Ação Verde, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), por meio do Centro de Carbono e do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT). Mais informações pelos telefones (65) 3611-1582 / 1666. As inscrições são limitadas.