Mario Lanznaster, presidente da Coopercentral Aurora |
Redação (14/02/2008)- No contínuo esforço de aprimoramento genético dos rebanhos de suínos, a Cooperativa Central Oeste Catarinense – Coopercentral/Aurora Alimentos – está aperfeiçoando os plantéis próprios e dos criadores cooperados com o novo macho híbrido denominado MS-115: mais um produto da linha “suíno Light” que, agora, sucede o MS-60, resultado do cruzamento de três raças, cujo mérito principal é aumentar a quantidade de carne magra na carcaça, proporcionando melhor conformação e rendimento dos cortes nobres.
O suíno híbrido é fruto de trabalho dos pesquisadores da Embrapa-Suínos e Aves, com sede em Concórdia (SC). Sua composição reúne a excelente qualidade de carne, rusticidade e Ganho de Peso Diário (GPD) das raças Large White e Duroc, e o excepcional rendimento de carne e conversão alimentar do Pietrain.
O presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster, identificou nesse avanço científico um decisivo fator de desenvolvimento da pecuária brasileira. Realça que o MS-115 vem atender crescentes exigências de mercado quanto ao alto teor de carnes magras concentradas nas partes nobres da carcaça e ao baixo teor de gorduras.
O MS-115 é um macho terminal, o que significa que deve ser utilizado em cruzamentos com fêmeas híbridas ou F-1 (GA 2012) de raças brancas (Landrace x Large White ou Large White x Landrace) de alta prolificidade, produzindo suínos para abate com maior rendimento industrial de carnes e menor quantidade de gorduras.
O desempenho do macho Embrapa MS-115 como melhorador de carcaças foi comprovado nas unidades experimentais da Embrapa e em granjas comerciais de produtores associados à Coopercentral. O novo MS atinge 115 kg de peso vivo com 163 dias. O ganho de peso médio diário do nascimento aos 115 kg é de 709 gramas. A espessura de toucinho na garupa mede em média 9,1 mm e, no lombo, atinge 9,8 mm. A conversão alimentar dos 30 aos 115 kg é de 2,19 kg de ração para um kg de suíno vivo. A percentagem de carne magra atinge 62,95% na carcaça.
Essa nova fase do programa Aurora/Embrapa começou em 2006 com a seleção dos animais e reposição das avós na Granja Aurora I. Essa unidade funcionará como multiplicadora com 150 fêmeas. As fêmeas avós e machos avôs são fornecidos pela Embrapa que funcionará como núcleo, promovendo a contínua seleção e melhoramento. A produção de machos pela Granja Aurora 1 em 2007 foi de 150 animais, todos comercializados e enviados para os produtores associados. Em 2008 a produção será de 350 machos.
OPÇÕES
O gerente de produção de suínos Valdir Schumacher e o supervisor de granjas Marcos Steffens assinalam que a meta da Coopercentral é produzir um animal competitivo em qualidade , custo/benefício, baixa conversão alimentar, alto ganho de peso diário, qualidade de carne, alto percentual de carne magra, até os 115 kg de peso vivo, ideal para os frigoríficos da Aurora.
A reduzida quantidade de gordura do MS aliada a seu alto rendimento de carne magra concentrada nas partes nobres da carcaça (pernil e lombo) – que o qualifica como animal tipo carne por natureza – sugeriu a alcunha de “suíno light”. Os machos Embrapa MS-115 apresentam pelagem variada, com manchas de diversas cores, devido o cruzamento das três raças (Large White, Duroc e Pietrain).
O sistema Coopercentral Aurora priorizou um animal de qualidade e competitividade para os produtores associados, com custo mais baixo podendo servir como balizador de preços no mercado de genética suína. Agora, os produtores associados das 17 cooperativas filiadas à Aurora têm três opções em genética suína – o MS 115 Aurora/Embrapa, os machos da Agroceres Pic e da DanBred.