Redação AI (16/01/06) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai investir R$ 100 milhões na implementação do Plano Operacional de Prevenção da Doença de Newcastle e Influenza Aviária. A decisão foi anunciada na última quinta-feira (12/01) pelo coordenador do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Mapa, Marcelo Mota, após reunião da área técnica do Ministério com representantes da cadeia produtiva do frango.
Os recursos do Mapa serão destinados ao reaparelhamento de laboratórios, implantação de barreiras sanitárias nas fronteiras estaduais, capacitação de recursos humanos e em campanhas educativas. Na reunião, que começou pela manhã e se estendeu até o final da tarde, foi aprovado o plano de prevenção à Influenza Aviária que, até o final deste mês, será submetido à consulta pública e, após 30 dias, publicado no Diário Oficial da União.
O documento, resultante do consenso entre governo e setor privado, elenca uma série de medidas de prevenção, contenção e monitoramento da doença, caso venha a ocorrer no País. Entre os principais pontos acordados está a regulamentação do trânsito de aves e produtos que possam veicular a doença.
Com a publicação do plano, serão definidos prazos de adequação das diferentes regiões do país para o trânsito de aves e produtos suscetíveis a transmissão do vírus, que poderão variar de três meses a um ano. Nesse período, serão definidos também os corredores sanitários por onde poderão circular pintos de um dia, destinados ao abate ou reprodução e frangas para reprodução.
Foram acertados ainda o cadastramento de veterinários para emissão de Guias de Trânsito Animal, o georeferenciamento, cadastro e a inspeção sorológica anual dos plantéis comerciais e aves migratórias. ” Com isso, teremos maior conhecimento da situação sanitária das aves no Brasil” , afirma Mota.
” Embora o País seja livre da Infrueza Aviária, governo e setor privado vêm antecipando medidas de prevenção e provável controle do vírus para preservar seu status de maior exportador mundial de carne de aves” , ressaltou Mota. No ano passado, foram exportadas 2,8 milhões de toneladas de carne de frango, para mais de 150 países, que superaram US$ 3,5 bilhões.