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Mercosul une-se para elevar safra

Os dirigentes calculam que existam 100 milhões de hectares agricultáveis disponíveis nos países que compõem o bloco, o que faz da região a maior em capacidade para atender à crescente demanda por alimentos.

Redação (09/06/2008)- Os produtores rurais do Mercosul decidiram unir forças pela adoção de políticas públicas que permitam o aumento da safra de grãos nos países do bloco. Durante encontro do Grupo Farm, encerrado ontem, em Montevidéu, os líderes avaliaram as potencialidades do Mercosul para ampliar a oferta de alimentos, não só para o mercado interno, mas também para melhorar o abastecimento de outros países.

Os dirigentes calculam que existam 100 milhões de hectares agricultáveis disponíveis nos países que compõem o bloco, o que faz da região a maior em capacidade para atender à crescente demanda por alimentos. Hoje, 120 milhões de hectares são cultivados.

Conforme o presidente da Farsul e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), Carlos Sperotto, os representantes de cada país buscarão junto a seus governos soluções que incentivem o atendimento à demanda mundial. No caso do Brasil, não há dúvida da necessidade de políticas públicas no que diz respeito aos custos de produção. Para ele, seria necessário uma linha de crédito complementar para suprir o aumento dos custos de produção, ou que isso fosse levado em consideração no Plano Safra.

Segundo Sperotto, entre as propostas para o país está a extensão da liberação dos 25% do frete da Marinha Mercante para as matérias-primas utilizadas na elaboração de adubos. Outra sugestão é a desoneração de PIS/Cofins dos fertilizantes e de defensivos, informa. Sperotto também defendeu maior liberação para os transgênicos.

Após a reunião no Uruguai, o Grupo Farm divulgou documento, onde manifesta a extrema importância de contar com uma estratégia em nível regional na área sanitária, que contemple as normas estabelecidas pela OIE.

O assunto será tema da 15º Reunião Interamericana Ministerial sobre Saúde e Agricultura, na quarta-feira no Rio de Janeiro. Não temos a pretensão de ter uma fórmula pronta para isso, mas estamos à disposição dos nossos governos para encontrá-las.