Redação (03/06/2008) – As produtividades, para alegria dos agricultores, superaram as expectativas, principalmente com a cultura do milho. No caso da soja, os resultados não foram os melhores em razão das adversidades climáticas como chuva em excesso e atingindo época de colheita em algumas regiões, mas ainda assim rendeu um bom lucro.
O engenheiro agrônomo, Antonio Carlos Ostrowski, supervisor de assistência técnica da Coamo, diz que a safra de verão apresentou duas situações distintas com as duas lavouras. Ele cita que o milho teve uma área próxima de 250 mil hectares na área de ação da cooperativa e foi em torno de 12% maior do que a passada. “Teve um incremento na área de milho que conseqüentemente elevou a produção, mas também aumentou de 5% na produtividade em comparação a safra passada. A produtividade foi boa com o clima normal. Acreditávamos no decorrer da safra que a produtividade seria semelhante a do ano passado, mas com a finalização o resultado foi maior”.
De acordo com ele, Coamo está fechando na média de 320 sacas por alqueires. Já nas lavouras mecanizadas a produtividade média sobe para 332. “São números muito bons. É a maior produtividade da história da Coamo e próximas das safras americanas onde estão as maiores tecnologias”, pondera Ostrowski. O agrônomo cita que os resultados foram adquiridos devido ao um somatório de itens. “A assistência e a tecnologia que os agricultores utilizaram foi muito importante. Mas, também teve a influencia do clima que ajudou”.
Já para a soja o clima não foi muito bom e os resultados não foram os melhores. “Se levantarmos as médias dos últimos dez anos, nesta safra a produtividade foi a quinta da história”, observa. Segundo Ostrowski, a produtividade neste ano foi ao redor dos 114 sacas alqueires. “Foi uma safra normal, mas poderia ter sido melhor”, frisa.
Ostrowski revela que regiões apresentaram resultados bons como, por exemplo, em Pitanga onde foram colhidas lavouras acima de três mil quilos por hectares e na região Oeste que tiveram as melhores produtividades, ao 3,2 mil quilos por hectares. No Centro Oeste do Paraná, que engloba Mamborê, Juranda e Boa Esperança, a produtividade foi acima de 3.100 quilos. “Nas demais regiões tivemos resultados abaixo de 2,800 quilos. Na região Sul, o excesso de chuva atrapalhou a colheita. Foi uma safra normal não podemos falar em super-safra de soja. Embora a produtividade não foi das melhores, os preços acabaram compensando. Não só no caso da soja, mas na do milho também que, além de apresentar uma produtividade altíssima, houve um incremento no preço em relação ao ano passado. Os dois produtos tiveram um aumento de 30% no valor em comparação ao ano passado o que é excelente para os produtores rurais.”