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Milho Bt reduz níveis de micotoxinas potencialmente cancerígenas produzidas por fungos

Ao justificar a preferência pela variedade transgênica, agricultores espanhóis citaram a redução da vulnerabilidade ao ataque de pragas, a maior produtividade e a melhor qualidade da safra.

Redação (15/04/2008)- A edição de abril do jornal científico Nature Biotechnology trouxe os resultados de uma nova pesquisa sobre o desempenho do milho geneticamente modificado na Espanha. E os dados obtidos confirmam: a adoção do milho Bt, por sua resistência a insetos, reduz os níveis de micotoxinas no produto, quando comparado à versão convencional. Micotoxinas são substâncias potencialmente cancerígenas produzidas por fungos que podem se desenvolver após as plantas serem danificadas por pragas.

Ao justificar a preferência pela variedade transgênica, os agricultores espanhóis ouvidos pela pesquisa também citaram a redução da vulnerabilidade ao ataque de pragas, a maior produtividade e a melhor qualidade da safra.

O estudo foi conduzido pelos cientistas europeus Manuel Gómez Barril, da Comissão Européia; Julio Bernel, do Instituto para Estudos Tecnológicos Prospectivos; e Emilio Rodríguez-Cerezo, do Departamento de Economia Agrária da Universidade de Córdoba. As entrevistas foram realizadas entre as safras 2002 e 2004. Neste período, foi aprovado no país o milho MON 810 (Yieldgard), da Monsanto, liberado recentemente no Brasil pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A Espanha é hoje o principal produtor de milho geneticamente modificado na União Européia. Só em 2007, o país cultivou cerca de 70 mil hectares de milho Bt, cerca de 20% a mais que no ano anterior.