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Milho, Soja e Bovinos ajudam a desacelerar inflação em janeiro

A Fundação Getúlio Vargas informou há pouco que o

Redação (08/02/2008)- O Termômetro Leia, pesquisa da Agência Leia com instituições financeiras com as expectativas para os principais indicadores do país, mostrou que a mediana das projeções do mercado indicador apontava para inflação de 0,93% em janeiro. Pelo conceito de mediana, 50% das projeções coletadas estavam abaixo de 0,93% e 50%, acima. As expectativas dos economistas consultados variaram de 0,41% a 1,03%.
    
O Indice de Preços por Atacado (IPA) registrou inflação de 1,08% em
janeiro. No mês anterior, a taxa alcançou 1,90%. O índice relativo a Bens Finais
apresentou alta de 0,25%. No mês anterior, a taxa foi de 1,74%. A principal
contribuição para a desaceleração partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja
taxa passou de 5,58%, em dezembro, para -0,63%, em janeiro. O índice de Bens
Finais (ex), obtido após a exclusão de alimentos in natura e combustíveis,
registrou inflação de 0,27%. No mês anterior, o resultado foi de 1,02%.
    
O índice do grupo Bens Intermediários registrou inflação de 1,32%, em
janeiro, ante 0,99%, em dezembro. O destaque ficou por conta do subgrupo
materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,27% para 1,15%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão dos combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou alta de 1,33%. No mês anterior, a variação foi de 0,65%.
    
No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação baixou de 3,62%,
em dezembro, para 1,73%, em janeiro. Os destaques no sentido descendente foram: milho (em grão) (10,28% para -8,39%), soja (em grão) (5,90% para 3,99%) e bovinos (2,40% para -0,42%). Em sentido oposto, vale mencionar: tomate (13,82% para 52,80%), arroz (em casca) (0,03% para 9,85%) e mandioca (aipim) (-3,08% para 8,83%).
    

Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou inflação de 0,97% em
janeiro, acima da apurada no mês de dezembro, que foi de 0,70%. Cinco das sete
classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. As maiores contribuições para a aceleração do IPC partiram dos
grupos Educação, Leitura e Recreação (0,27% para 2,52%) e Alimentação (1,69%
para 2,10%). Na primeira classe de despesa, o destaque coube aos cursos formais, cuja taxa passou de 0,00% para 4,49%. Na segunda, vale citar o comportamento da taxa dos itens hortaliças e legumes (-0,82% para 3,84%) e frutas (1,31% para 6,57%).
    
Também registraram acréscimos em suas taxas de variação os grupos:
Habitação (0,02% para 0,25%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,28% para 0,54%) e
Despesas Diversas (0,59% para 0,67%). Em cada classe de despesa, os destaques
foram: tarifa de eletricidade residencial (-0,67% para -0,16%), artigos de
higiene e cuidado pessoal (0,03% para 0,87%) e bebidas alcoólicas (-1,28% para
0,53%), respectivamente.
    
Em contrapartida, registraram recuos em suas taxas de variação os grupos
Vestuário (0,67% para -0,46%) e Transportes (0,97% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os itens roupas (0,89% para -1,01%) e álcool
combustível (8,35% para 0,94%), respectivamente.
    
Por fim, o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em
janeiro, inflação de 0,38%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,59%. O
grupo Mão-de-Obra teve sua taxa de variação reduzida, de 0,67%, no mês anterior, para 0,13%, nesta apuração. A desaceleração foi conseqüência da redução do impacto do reajuste salarial na cidade de Belo Horizonte. A taxa do grupo Materiais recuou de 0,47% para 0,43%, enquanto o grupo Serviços apresentou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,75%, em dezembro, para 1,47%, em janeiro. Com informações da Agência Leia.