Redação (28/03/2008)- As prioridades para a sua gestão no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram anunciadas, nesta quinta-feira (27), pelo ministro Reinhold Stephanes, em reunião com os secretários, assessores e dirigentes das empresas vinculadas: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Stephanes ressaltou a qualificação da equipe. “Estou muito satisfeito com a equipe do ministério. Acredito muito no modelo que temos trabalhado com alta descentralização”, disse. Hoje o ministro completa um ano de gestão a frente do Mapa.
Confira abaixo os pontos centrais definidos para o Mapa e os comentários do ministro:
Defesa sanitária animal e vegetal – “Caminhamos bastante na defesa especialmente por ser uma área muito sensível e muito ampla. Organizamos muitos pontos neste setor, mas ainda temos muito a realizar”
Pesquisa Agropecuária (Programa de Aceleração do Crescimento, rede de pesquisa de etanol e zoneamento do plantio de cana) – “Estou convencido de que o saldo futuro da agricultura dependerá ainda mais da pesquisa. Precisamos produzir mais, temos que evoluir em novas áreas. Temos também as questões climáticas e a necessidade de aumento da produtividade”.
Seguro agrícola (Fundo de Catástrofe) – “Com o Fundo de Catástrofe o seguro agrícola vai efetivamente servir como instrumento para cumprir a função de Estado. Este instrumento será estruturante para o setor, a médio e longo prazos”.
Endividamento dos produtores – “Estamos com o desenho final da proposta do endividamento elaborada em conjunto com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário, Banco do Brasil, Comissões de Agricultura da Câmara e do Senado.”
Adubos e defensivos – “Com relação aos defensivos estamos andando bem com os genéricos, mas quanto aos adubos ainda há uma dependência do Brasil, que importa em média 70% da matéria-prima. Estamos com um grupo de inteligência estudando o assunto e, nos próximos meses, esperamos indicar propostas para resolver o problema a médio e longo prazos”
Infra-estrutura – (Centro-Oeste) – “O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê obras importantes, mas ainda precisamos avançar em outros pontos estruturantes”.
Biotecnologia – “Se não incluirmos na pauta de debate a biotecnologia e os organismos geneticamente modificados (OGM) como pontos importantes, sem dúvida, vamos ficar para trás”.
Mercados internacionais – “Temos boas perspectivas, pois a demanda mundial está aquecida. Agora, para avançarmos mais, precisamos sanar algumas questões comerciais e sanitárias. A efetivação do cargo dos adidos agrícolas será fundamental neste processo”.
Juros agrícolas – “Já conseguimos baixar os juros, mas podemos avançar ainda mais nesta questão”.
Rastreabilidade – “O trabalho que está sendo desenvolvido agora é extraordinário. O caminho a percorrer é longo e estamos mobilizando as melhores inteligências do Brasil e de outros países em torno desta questão”.
Plano de Recuperação da Lavoura Cacaueira – “Sabemos que plantar cacau é um bom negócio, pois há mercado e o Brasil tem tecnologia para isso. No momento, estamos concluindo um plano para revigorar a lavoura do cacau”.