Redação (29/05/2008)- Representantes de ministérios de Ciência e Tecnologia e da Agricultura, de universidades e da iniciativa privada da África do Sul, Moçambique, Zaire, Tanzânia, Camarões e Zâmbia visitaram a unidade de Cerrados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Planaltina/DF, para conhecer pesquisas para produção de agroenergia com fontes alternativas.
A comitiva, composta por 15 profissionais, foi planejada pela Organização de Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (UNIDO). O venezuelano Carlos Chanduvi, gerente da UNIDO, afirmou que a equipe está impressionada com “a magnitude e mecanização da cana-de-açúcar” no Brasil.
O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Roberto Teixeira Alves, falou sobre o papel da Embrapa na busca de soluções ambientalmente corretas para incrementar tanto a produção de alimentos, como a oferta de biodiesel. “A Embrapa não trabalha apenas com a produção de grãos e carne. Também trabalhamos com o meio ambiente, com a busca do desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Em relação à safra agrícola recorde de 142 milhões de toneladas, prevista para este ano, Teixeira disse que o País tem uma posição única no mundo pelas condições de aumentar, ao mesmo tempo, as produções de alimento e etanol. “No Brasil, não é correto dizer que a agroenergia está competindo com a produção de alimentos”, enfatizou.
Na opinião do engenheiro químico André Kudlinski, do Ministério da Indústria e Comércio da África do Sul, o crescimento econômico mundial requer maior consumo de energia e não há como alcançar desenvolvimento sem a produção de energia renovável. “A metalurgia, setor intenso em uso de energia, está em expansão na África do Sul, e somos um país que produz 92% da energia a partir de carvão mineral”, informou. Segundo Andrew Makenete, presidente da Associação de Biocombustível da África do Sul, o país aposta nas culturas da canola, girassol e soja para produção de biodiesel.