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Mofo branco atinge cultura da soja e exige atenção dos produtores

O fungo pode atacar o caule e as folhas, destruindo a planta inteira e depende de temperaturas amenas e umidade (chuvas freqüentes) para se proliferar.

Redação (26/05/2008)- A doença do mofo branco, bastante conhecida por atacar as culturas de feijão, recentemente tem atingido também a cultura da soja e algodão, exigindo atenção dos agricultores. A Ihara, fabricante de defensivos agrícolas atuando há mais de 40 anos no mercado, desenvolveu produtos específicos para combate e prevenção, com resultados positivos contra o Mofo Branco.

A doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, ataca inúmeras espécies vegetais, especialmente girassol, algodão, batata, tomate, ervilha, feijão e soja. Existem mais de 400 hospedeiros suscetíveis à doença. O fungo pode atacar o caule e as folhas, destruindo a planta inteira e depende de temperaturas amenas e umidade (chuvas freqüentes) para se proliferar. “A doença afeta em cheio a formação dos grãos e as perdas na produtividade podem chegar a 60%. O controle químico da doença é difícil e deve ser bem dirigido, pois o fungo se localiza principalmente na parte inferior da planta, o chamado baixeiro, e o fungicida, muitas vezes, não consegue chegar ao local. Como o fungo é de difícil controle e pode ficar no solo por até cinco anos, é importante apostar na rotação de culturas e no controle biológico”, explica o engenheiro agrônomo Renato Caetano Leal, consultor da Cooperativa Agrícola Serra dos Cristais (Coacris).

Os danos causados pelo Mofo Branco são inúmeros, tais como a perda de produtividade e de qualidade do grão ou fruto, inviabilidade na produção de sementes e infestação da área por longos períodos, já que sua estrutura de resistência permanece no solo por um tempo superior a 15 anos.

Segundo a pesquisadora Mônica Martins, da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a alta umidade e as temperaturas amenas, aliadas à altitude de mais de 800 metros, criam um ambiente favorável para a proliferação da doença nesta safra. “O mofo branco é preocupante porque ele pode se abrigar em cerca de 400 espécies diferentes de plantas. Além disso, desenvolveu uma ‘resistência’ tal, que permite que ele sobreviva no solo por até 15 anos. As máquinas e implementos agrícolas contaminados, além de sementes não beneficiadas e de qualidade duvidosa podem ser meios de disseminação da doença”, alerta a pesquisadora.

Devido à agressividade do Mofo Branco e seu difícil controle, a doença está se tornando uma das grandes preocupações dos agricultores brasileiros. Existem algumas ações para controlar e prevenir a doença. “Algumas sugestões são utilizar sementes de alta qualidade, livres do fungo e tratadas com fungicidas específicos, como o Sumilex e Cercobin*. É necessário realizar rotação de cultura com gramíneas (milho, trigo, cana, pastagens, entre outros), pois as espécies desta família vegetal não hospedam a doença”, completa o engenheiro agrônomo da Ihara Fabrício Pedrosa Pacheco. As informações são da assessoria de imprensa da Ihara.

* Sumilex e Cercobin estão em fase de registro para mofo branco na cultura da soja.