Redação AI (03/03/06)- Um folheto informativo sobre a prevenção da gripe aviária, divulgado hoje pelo Serviço Médico Veterinário da Câmara de Coimbra, desaconselha a alimentação de animais, incluindo pombos, em espaços abertos.
“Não alimente nem abebere animais, incluindo pombos, em espaços abertos . Evite deixar restos de alimentos em locais acessíveis que possam atrair outros animais, nomeadamente roedores e aves selvagens”, diz o folheto, intitulado “Algumas perguntas e respostas sobre a gripe aviaria…”.
A distribuir por juntas de freguesia e outras entidades, o folheto frisa que não se deve deixar água ou alimentação no exterior, ao ar livre, nomeadamente durante a noite, para evitar atrair aves selvagens.
“Os derrames de ração ou alimento devem ser limpos imediatamente”, vinca o folheto, que recomenda o isolamento das aves domésticas e exóticas de companhia, para impedir o contacto com animais domésticos e aves selvagens.
Por outro lado, deve ser declarado, na junta de freguesia da área de residência, o número e variedade de aves domésticas.
“Em caso de suspeita, as aves mortas e doentes devem ser sempre manuseadas com luvas e máscaras de protecção e proceder à lavagem e desinfecção cuidada das mãos”, alerta o folheto.
Considera “seguro comer ovos e carne de aves, devendo cozinhar-se sempre bem os alimentos”.
“Em Portugal não há ainda nenhum caso positivo nem em aves nem no homem . Por isso, todas as medidas tomadas pelos serviços oficiais são apenas de prevenção”, é referido no prospecto do Serviço Médico Veterinário da Câmara Municipal de Coimbra.
Entretanto, uma reunião sobre a gripe aviaria juntou hoje, no governo civil de Coimbra, a Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, câmaras municipais e médicos veterinários municipais do distrito.
“Na reunião foram abordadas questões que se relacionam com a gripe avia ria, numa perspectiva de articulação e harmonização de procedimentos entre administração central e as autarquias locais, em especial no que respeita à detecção, colheita, transporte e análise de animais mortos sobre os quais recaia suspeita “, diz uma nota emitida no final do encontro pelo governo civil de Coimbra.
Procedeu-se ainda à sensibilização dos autarcas e médicos veterinários quanto à necessidade de aquisição de material de protecção – como sendo máscaras , luvas, batas ou botas – indispensáveis à adopção daqueles procedimentos em condições de segurança.
Dentro de duas semanas, ocorrerá uma reunião multidisciplinar, com responsáveis das áreas da saúde, agricultura, protecção civil e ambiente, visando um a intervenção integrada, por parte dos agentes com responsabilidades nesta matéria, adianta a nota, sublinhando que “é importante alertar. É decisivo não alarmar”.