Redação (27/03/2008)- Os preços mais elevados dos ovos, das frutas e dos legumes foram os maiores responsáveis pela migração do subgrupo alimentício Produtos In Natura do terreno negativo (-0,27%) para o positivo (1,08%) entre a segunda e a terceira quadrissemana de março na capital paulista. A avaliação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Márcio Nakane. Ele afirmou que o subgrupo teve papel fundamental para que o grupo "Alimentação" apresentasse uma queda menor no período, de 0,03% ante 0,13%.
De acordo com a apuração da Fipe, o item ovos continuou sendo o alimento de maior contribuição de alta para o IPC. No período, subiu 14,45% ante 11,74% e respondeu sozinho por 0,05 ponto porcentual da inflação paulistana, de 0,26% na terceira quadrissemana. Na mesma pesquisa, o segmento Frutas variou 0,59% ante 0,24%; e os legumes apresentaram alta média de 2,00% contra um recuo de 3,60% no levantamento anterior.
Nakane destacou que a Alimentação não subiu na terceira quadrissemana apenas porque ainda há uma espécie de "cabo-de-guerra" entre o subgrupo Produtos In Natura e o de alimentos semi-elaborados, que, na pesquisa divulgada hoje pela Fipe, apresentou queda média de 1,88% ante baixa de 1,22%. Neste subgrupo, o destaque continua sendo o preço do feijão, que recuou 12,54% ante queda de 8,94% e respondeu por um alívio de 0,06 ponto porcentual no IPC.