Redação AI (20/01/06) – “O ano de 2005 passará para a história como um período de grande evolução da produção avícola brasileira e, em destaque, suas exportações. Foram registrados avanços importantes do setor avícola no desenvolvimento de programas sanitários e de monitoria para garantir a qualidade e sanidade do produto brasileiro.
Nesse ano, a avicultura nacional produziu 9,3 milhões de toneladas de carne de frango, 350 mil toneladas de carne de peru, 24,6 bilhões de unidades de ovos, além de carnes e produtos de outras espécies avícolas.
As exportações ganharam ainda maior destaque, vendendo carne de frango para 148 países e alcançando uma receita cambial correspondente a 3,5 bilhões de dólares, 35% maior do que a do ano anterior em valor e 15% em volumes, mantendo o País como o maior exportador mundial.
O notável incremento das exportações não retirou do mercado interno a condição de maior consumidor da produção. O consumo de carne de frango registrou aumento de 4,69% alcançando 35,4 kg per capita.
Para 2006, com a expectativa de evolução continuada de mercado interno e com a abertura de novos mercados internacionais, o segmento estima um crescimento da produção da ordem de 6%, estando toda sua estrutura de criatório e industrial preparada para esse desenvolvimento. Assim a avicultura brasileira manteria, como nos últimos anos, um crescimento superior ao previsto para o PIB nacional.
O aumento de 6% sobre os volumes de 2005, representaria 550 mil toneladas adicionais, das quais metade seria destinada ao mercado interno, onde se espera crescimento próximo a 4%, mantendo-se pleno o abastecimento desse produto ao consumidor brasileiro e o saldo disponibilizado para exportações aos mercados globais onde a ABEF, nos atuais destinos e nos novos mercados em abertura, estima uma evolução de 5% a 10% em 2006.
Esse crescimento ocuparia praticamente a capacidade atual e em instalação no país, criando mais empregos e renda no meio rural, através não só da produção direta de aves como também de maior consumo dos insumos básicos, milho e soja. Para atender esse equilíbrio será necessário um gerenciamento adequado dos volumes de produção com alojamentos de pintos dentro de parâmetros que não excedam a capacidade comercial do setor, evitando-se assim excessos de oferta nos diferentes mercados ocasionado situações gravosas e prejudiciais a alguns elos da cadeia avícola.
É fundamental que continuemos, junto com o MAPA, a trabalhar com afinco na sanidade dos plantéis avícolas brasileiros, zelando sempre pela qualidade e confiabilidade de nosso produto.
Será importante, para segurança e garantia da produção, exportação e viabilidade econômica do setor, que seja implementado com urgência o Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira, no qual estamos trabalhando desde 2004 e que está inserido dentro do “Plano Nacional de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle e Prevenção da Influenza Aviária”. Esse programa, garantindo a manutenção de nossas exportações mesmo na ocorrência de eventos sanitários em algum estado brasileiro, dará a necessária tranqüilidade para investimentos e crescimento do setor.
Temos a firme convicção que o Sr. Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, através da SDA – Secretária de defesa Agropecuária operacionalizará esse Plano, estabelecendo e controlando as ações para que nossa avicultura continue forte e em desenvolvimento, produzindo proteína nobre, saborosa e nutritiva, da melhor qualidade e sanidade.
Estamos certos de que trabalhando e controlando adequadamente nosso segmento avícola dentro de uma situação de normalidade sanitária, já que, uma eventual difusão da Influenza Aviária no continente europeu poderá alterar drasticamente esse quadro, podemos ser otimistas e esperar outro bom ano como foi 2005″.