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Paraná espera colher nova safra recorde de grãos

Apesar do momento bastante otimista para o cultivo e comercialização dos grãos, há preocupação com novo aumento no preço dos fertilizantes que devem elevar os custos de produção e reduzir a rentabilidade no campo.

Redação (11/03/2008)- Os produtores paranaenses poderão colher um novo recorde na produção de grãos este ano se forem confirmadas as estimativas para a safra de inverno anunciada nesta quarta-feira (05) pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini. O clima bom e o mercado aquecido animam a colheita da safra de verão e incentivam o produtor a usar mais tecnologia para o plantio da safrinha de milho e dos grãos de inverno, que tem como carro-chefe o cultivo de trigo.

Entre a safra de verão, praticamente consolidada, a safrinha de milho e feijão das secas que apresentam bom desenvolvimento no campo e o plantio da safra de inverno que se inicia neste mês de março, poderão ser colhidos este ano 31,4 milhões de toneladas de grãos, superando o recorde obtido no ano de 2002/03 quando foram colhidas pouco mais de 30 milhões de toneladas. Com o aumento nos preços das commodities no mercado internacional, em função na queda dos estoques, os preços também sobem no mercado interno.

O Valor Bruto da Produção (VBP), que corresponde ao faturamento bruto obtido pelo produtor rural com a venda dos grãos, poderá atingir R$ 34,5 bilhões em 2007, valor que deverá se repetir em 2008 com a manutenção das condições favoráveis de mercado externo e interno. A consolidação da safra de verão 07/08 aponta para uma produção de 21,6 milhões de toneladas de grãos. Com a segunda safra de milho e feijão, esse volume sobe para 28,4 milhões. A chegada da safra de inverno deve acrescentar mais 3 milhões de toneladas, totalizando a previsão da safra de grãos para todo o ano de 2008, que será 6,8% maior do que a safra total do ano passado, com a colheita de 29,6 milhões de toneladas. De acordo com o Deral, a colheita da safra de soja, de 12 milhões de toneladas, corresponde a um recorde na produção do grão no Paraná.

Cerca de 10,4% da produção já está colhida e o volume é 1,9% maior do que o ano passado. O mercado está aquecido e o produtor está recebendo, em média, R$ 47,00 a saca, valor 57% superior ao do ano passado. Com isso, só a soja deverá injetar R$ 6 bilhões em faturamento bruto no campo. A colheita do milho da safra normal deverá atingir 9 milhões de toneladas, aumento de quase 5% em relação à safra passada. Como na soja, o mercado está aquecido e o preço médio recebido pelo produtor este ano atingiu R$ 21,45 a saca, o melhor preço praticado desde o planto real. Segundo Bianchini, com a decisão dos Estados Unidos em utilizar o milho para a fabricação do etanol, o mercado continua favorável com preços sustentados.

Apesar do momento bastante otimista para o cultivo e comercialização dos grãos, Bianchini manifestou preocupação com novo aumento no preço dos fertilizantes que devem elevar os custos de produção e reduzir a rentabilidade no campo. De acordo com o Deral, entre fevereiro de 2007 a fevereiro desse ano, o preço médio dos fertilizantes no Paraná subiu 48%, sendo que algumas formulações subiram mais de 50%. Com informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná.