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Paraná lidera produção de milho e poderá suprir Sul e Sudeste

Apesar dos principais Estados produtores registrarem aumento de produção, PR deve ter papel importante.

Redação (09/06/2008) – Com uma alta de 15,1% na produção de milho prevista para a atual safra 2007/2008, com 15,945 milhões de toneladas, o Paraná terá um papel importante no abastecimento das regiões Sul e Sudeste, regiões onde a indústria brasileira de processamento de carnes de aves e suínos está concentrada em cinco Estados (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais).

Dependente do milho para a composição de rações, o setor alega problemas de abastecimento local e reivindica paridade fiscal nas importações (mesmo nas compras interestaduais) em relação às exportações do produto. “Considero uma reivindicação justa, pois essa campanha não prejudica as exportações brasileiras de milho”, avalia Odacir Klein, presidente-executivo da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho.

Klein nota que, em todos os Estados mencionados, com exceção do Rio Grande do Sul, a previsão é de aumento de produção, de acordo com a mais recente Avaliação de Safra Agrícola 2007/08, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, referente a maio. Em Santa Catarina, por exemplo, a produção crescerá 10,2%, passando de 3,863 milhões de toneladas para 4,257 milhões de toneladas na safra atual. O mesmo acontecerá em São Paulo, onde a produção aumentará de 3,982 milhões de toneladas para 4,156 milhões de toneladas, representando uma alta de 4,4%. Igual percentual de crescimento ocorrerá em Minas Gerais, com a produção de milho passando de 6,256 milhões de toneladas para 6,532 milhões de toneladas.

A própria Conab, no final de maio, ao avaliar o balanço de oferta e demanda de milho para 2008, anteviu uma situação justa no tocante à oferta e demanda. Segundo ela, a oferta total deverá ser de 65,077 milhões de toneladas (estoque inicial mais produção e mais importação de 600 mil toneladas), e a demanda total de 65,077 milhões de toneladas (consumo interno de 44 milhões, mais exportações de 11 milhões e mais 10 milhões para o estoque de passagem, em toneladas).

“Acreditamos que este ano possa ocorrer o mesmo que no ano passado, quando houve muito temor de que as exportações pudessem prejudicar o consumo interno, o que não aconteceu”, observou o presidente-executivo da Abramilho “Temos que ter em mente de que milho dentro do Brasil existe. A questão de se ir buscá-lo nesse estado ou em outro é uma decisão puramente comercial de cada uma das empresas e a Conab tem concorrido para regular os processos de escoamento e suprimento”, finalizou Odacir Klein. As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Produtores de Milho.