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Paraná quer recuperar mercados de consumo

A Secretaria de agricultura do Paraná já está solicitando, por exemplo, a derrubada de barreiras que haviam sido impostas pelo Estado de Santa Catarina à entrada da carne paranaense.

Redação (02/06/2008)- O reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de que o Paraná é um Estado livre de aftosa (mas deve manter a vacinação) tem dois reflexos imediatos: o primeiro deles é a abertura de mercado externo. O segundo, mais próximo, é a retomada das vendas internas.

A Secretaria de agricultura do Paraná já está solicitando, por exemplo, a derrubada de barreiras que haviam sido impostas pelo Estado de Santa Catarina à entrada da carne paranaense.

 O diretor do departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Silmar Bürer enviou ofício ao serviço de Defesa Agropecuária de Santa Catarina, Gécio Humberto Meller na última quarta-feira (28).

 Nele, explica que "a medida" – reabertura das compras de carne paranaense pelo vizinho estado de Santa catarina, "visa restabelecer a normalidade do intercâmbio comercial de animais bovinos e suínos e produtos (…), devendo beneficiar os setores produtivos, industrial e comercial dos dois estados", justificou.

Segundo Bürer, o comércio de carnes com osso do Paraná para Santa Catarina foi suspenso em outubro de 2005, quando houve a suspeita de febre aftosa no rebanho paranaense.

Desde então, o estado catarinense liberava apenas o trânsito de carne desossada. Outro benefício decorrente da abertura das fronteiras será o pleno restabelecimento do trânsito de suínos de alta genética, comum entre os dois estados.

As Granjas de Reprodutores Suínos Certificados (GRSC) do Paraná, com animais de alta linhagem, precisam de autorização do serviço catarinense de sanidade agropecuária, acompanhada de provas sorológicas negativas para febre aftosa dos animais enviados àquele Estado. "Com a abertura da fronteira, a sorologia poderá ser suspensa", acredita Bürer.

Indústria

As indústrias de carnes paranaenses aguardam a decisão do governo catarinense porque o mercado vizinho é o maior consumidor depois do Rio de Janeiro e São Paulo, disse o presidente do Sindicato da Indústria da Carne do Paraná (Sindicarnes), Péricles Salazar.

Segundo Salazar, os quatro frigoríficos paranaenses que foram habilitados a exportar carne bovina para a Rússia já iniciaram o trabalho de reconquista do mercado internacional. O executivo acredita que até o mês de junho eles devem iniciar os primeiros embarques de carne para a Rússia.

Foram autorizados a exportar carne para a Rússia os frigoríficos Mercosul nos municípios de Nova Londrina e Paiçandu, o frigorífico JBS em Maringá e o Margen, em Paranavaí.