Redação (19/05/2008)- Entre as metas da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) para os próximos dois anos, a principal é assegurar o uso de inovações tecnológicas para o desenvolvimento sustentável. O Plano de Gestão até 2010 foi definido, nesta sexta-feira (16), durante a reunião do secretário Márcio Portocarrero com diretores, coordenadores e superintendentes federais de agricultura, na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília.
De acordo com Portocarrero, a secretaria elaborou um plano de gestão em 2005, mas, com a elaboração do Plano Estratégico do Mapa em 2006/2007, houve necessidade de realinhar os compromissos e o plano. “O nosso objetivo é transformar o Mapa em um órgão reconhecido pela sociedade como precursor da sustentabilidade e do fornecimento de alimentos saudáveis” explicou.
Entre as prioridades definidas pelos representantes da SDC destacam-se: discussão com o setor privado sobre a utilização de material genético para aumentar a competitividade do agronegócio e a distribuição de calcário para aumentar a eficiência de lavouras e pastagens. Como ações de intensificação serão desenvolvidos os programas de Produção Integrada (PI), de Lavoura, Silvicultura Pecuária (ILSP), de Programas Orgânicos e apoio ao Cooperativismo e Associativismo para agregação de valor à produção agropecuária e seu contexto.
A palestra do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Paulo Cruvinel, apresentou as perspectivas do agronegócio até 2023. Para ele, este é o principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial, que chegou a US$ 49,7 bilhões, em 2007. “O agronegócio, hoje, desempenha não apenas papel estratégico para o desenvolvimento do País, como também é fundamental no contexto da construção de futuro”, ressaltou.
Entre os principais desafios até 2023, o pesquisador destacou a importância da construção de um modelo sólido de desenvolvimento sustentável, capaz de atender o consumo alimentar interno e a demanda do mercado externo. “Além disso, o papel da agroenergia é relevante, já que o Brasil tem condições de ser o protagonista mundial desse segmento”, afirmou.
Portocarrero considera este estudo importante porque contou com a participação efetiva da sociedade. Entendendo a participação como suporte básico para resultados futuros, o secretário realizou o seu propósito de incluir o compromisso de todos “A ação que se implementar hoje, no sentido de interferir nas tendências globais, só vem em benefício do ministério, do agronegócio e dos brasileiros”, concluiu.