Redação (03/02/06) – Durante a reunião da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e suas estaduais (RS, SC, SP, MG, GO, MT, DF), realizada ontem (02/02) na cidade de Belo Horizonte (MG), os participantes avaliaram o mercado de suíno vivo e suas conseqüências. O presidente da ABCS, Rubens Valentini, apresentou proposta de unificar as informações de mercado com base sólida e buscando a realidade e transparência nas informações.
No encontro, foram apresentados números de exportações que demonstram que o mercado é feito de especulação e, em alguns momentos, de extrema desinformação. Segundo dados levantados pela ABCS, em janeiro de 2005, o Brasil exportou para Rússia 19.209 toneladas em Janeiro de 2006, 23.093 toneladas de carne “in natura”, mostrando que a queda nos preços no mercado interno não se justifica pelo efeito Rússia.
O Estado do Paraná irá promover um ato público na cidade de Cascavel no próximo dia 10 de fevereiro, sexta-feira.
O Estado do Rio Grande do Sul sinalizou que o mercado independente tem sua formação de preço entre quinta e sexta-feira na semana. Esta semana o preço cotado é de R$ 1,85/kg vivo.
O Estado de Santa Catarina exportou para o mundo no mês de janeiro de 2005, 17.650 toneladas em janeiro de 2006, 19.276 toneladas, demonstrando mais uma vez a incoerência nas informações do mercado.
Na rodada, foram apresentadas as seguintes cotações nos Estados:
RS = R$ 1,85 SC = R$ 1,80 MG = R$ 1,70 GO = R$ 1,65
MT = R$ 1,30 DF = R$ 1,80 PR = R$ 1,75.
Na opinião dos presentes à reunião o preço em todo o Brasil não poderá ficar abaixo de R$ 1,70/kg, preço este semelhante ao Sindicarne.
A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) orienta os produtores paulistas para negociarem seus animais a partir desta referência para a próxima semana, entendendo que o mercado dá sinais claro de reação nos preços diante da redução da oferta e diminuição no peso dos animais terminados.