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Preço do suíno melhorou no RS

De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, oitenta por cento dos produtores trabalham no sistema de integração. Para os 20% restantes, a situação atual é bem mais complicada.

Redação (15/04/2008)- O preço do suíno melhorou para os criadores do Rio Grande do Sul. Mesmo assim tem produtor reclamando.

O criador de suínos Vitor de Conti trabalhar em um sistema diferenciado. Ele recebe da indústria o leitão, a ração, medicamentos e assistência técnica. E arca com os custos da infra-estrutura e mão-de-obra. Recebe pelo quilo vivo R$ 0,16.

"Vale a pena porque sempre se tem uma média de ganho que remunera esse trabalho, remunera essa estrutura”, disse Conti.

De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, oitenta por cento dos produtores trabalham no sistema de integração. Para os 20% restantes, a situação atual é bem mais complicada.

Produtor independente, Martin Riordan arca com todas as despesas da granja. A ração é o item que mais pesa. Hoje, ele está recebendo R$ 2,45 pelo quilo vivo do suíno. O valor é 56% maior do que o obtido no ano passado. Só que boa parte do que seria o lucro vai embora nas contas da ração. Ele está gastando R$ 0,55 a mais por quilo de ração que compra para alimentar os porcos. Com isso, sobra pouco para as outras despesas da granja.

"O preço parece ser bom, mas só que quando a gente olha o custo dos insumos, a gente vê que não é suficiente para ter um retorno razoável", falou Riiordan.

As exportações de carne suína também não estão muito animadoras neste começo de ano. Em todo país, houve queda de 7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente do Sindicato das Indústrias de Carne Suína, Osmildo Pedro Bieleski, disse que o problema está na Rússia, maior comprador nacional do produto. O país restringe as compras por cotas, que divide entre os países exportadores. Até agora, a Rússia ainda não decidiu quanto vai importar do Brasil.

”O mercado está bastante travado e a gente espera que no segundo semestre agora essas cotas sejam distribuídas e o mercado comece a se movimentar”, disse Bieleski.

Apesar das exportações no primeiro trimestre terem diminuído, o preço internacional da carne suína subiu 30% de um ano para cá.