Redação (10/06/2008)- Os valores pagos pela carne suína no mercado internacional – 33,5% maiores, na média do ano – fizeram a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs) revisar as estimativas para o ano. A expectativa inicial era de US$ 1,6 bilhão, agora são R$ 2 bilhões. Além de a receita ser maior no acumulado do ano, em maio os volumes voltaram a crescer. Segundo dados divulgados ontem pela associação, no mês passado o País comercializou com o exterior 59 mil toneladas de carne suína, 17,08% a mais que no mesmo período de 2007. Apesar disso, de janeiro a maio os embarques ficaram 5% menores, totalizando 218,9 mil toneladas. Em receita, com os preços elevados, o resultado do ano é de alta: 26,6% a mais ou US$ 560,3 milhões.
Camargo Neto mostra-se, no entanto, preocupado com a não-abertura dos mercados do Chile e da China. O Brasil esperava iniciar as vendas para o vizinho do Mercosul este ano, com um volume mensal de 4 mil toneladas, no entanto, o embargo fitossanitário imposto pelo governo brasileiro às frutas chilenas, em função da identificação de ácaros, está impedindo a continuidade das negociações.
O presidente da Abipecs acredita que o governo deverá mandar uma missão à China, que vem aumentando as suas importações de suínos e rebaixou recentemente a tarifa do produto.
A Rússia continua liderando as vendas brasileiras: 94,5 mil toneladas no acumulado do ano. No entanto, houve queda de 13,6% nos volumes, em comparação com 2007. O segundo maior cliente foi Hong Kong: 49,3 mil toneladas de janeiro a maio, aumento de 44,51% na mesma comparação.
Em 12 meses, o setor exportou 594,7 mil toneladas – alta de 1,8% – somando US$ 1,3 bilhão (variação de 18%).
Preços internacionais elevam receita de suínos
A expectativa inicial era de US$ 1,6 bilhão, agora são R$ 2 bilhões.