Redação (29/02/2008)- O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), o pecuarista Pedro de Camargo Neto, disse estranhar o fato de a maioria das propriedades autorizadas a exportar carne para a União Européia ser de Minas Gerais. "Tudo é muito estranho. Não sei se houve um critério de escolha. É difícil entender o que esse ministério faz. Cada dia tenho uma surpresa com eles."
Fontes próximas às negociações em Bruxelas revelaram que 82% das exportações de carne brasileira para a União Européia (UE) sairão de fazendas de Minas Gerais. Das 106 propriedades certificadas, 87 são de Minais Gerais. Compõem o restante da lista, 11 fazendas do Rio Grande do Sul, 4 de Mato Grosso, 2 de Goiás e 2 do Espírito Santo.
Para Camargo Neto pode ser que o governo tenha decidido concentrar a escolha numa região pelo volume de carne produzido. "Como 106 fazendas produzem muito pouca carne, se for levado em conta o tamanho médio das propriedades no Brasil, pode ser que eles decidiram, por lógica comercial, concentrar a lista em um único lugar, que seria atendido por um frigorífico", observou.
"Mas não sei se essa escolha teria lógica política." Ele contesta também porque o governo preferiu Minas e não Mato Grosso ou outro Estado.