Redação (03/02/06) – O Executive Board da Organização das Nações Unidas (ONU) para Mudanças Climáticas aprovou projeto da Sadia que prevê a captação de gases de efeito estufa em três granjas da empresa. Este é o primeiro projeto de uma indústria alimentícia brasileira a ser aprovado e registrado pela ONU.
Com essa aprovação, a Sadia abre caminho para a implantação do Programa Suinocultura Sustentável Sadia – Programa 3S, que prevê o envolvimento dos suinocultures integrados da empresa na redução das emissões de gases do efeito estufa e a participação deles na comercialização de créditos de carbono, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto.
O Programa 3S diminuirá a emissão de poluentes por meio de biogestores instalados nas granjas de produtores integrados da Sadia. Assim, os dejetos dos suínos serão fermentados por bactérias em tanques cobertos, o que evita a emissão de metano. O seqüestro de gases causadores do efeito estufa será revertido em créditos de carbono que serão negociados no mercado externo com interessados em se adequar ao Protocolo de Kyoto. A previsão é que sejam negociadas de 6 a 10 milhões de toneladas de carbono. A grande parte dos 3,5 mil produtores integrados da Sadia tem porte pequeno ou médio e não poderia se beneficiar da venda de créditos de carbono se não tivesse com a intermediação da Sadia. A empresa tem um relacionamento consolidado com diversas empresas estrangeiras, pois exporta seus produtos para mais de 100 países.
Para negociar os créditos de carbono, a empresa criou o Instituto Sadia de Sustentabilidade, entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo estruturar de maneira eficiente seus investimentos e iniciativas sociais e ambientais. Primeiro grande projeto do Instituto, o Programa 3S é um exemplo de sustentabilidade, que considera três dimensões: social, ambiental e econômica.