Redação (13/06/2008)- Os preços futuros da soja voltaram a refletir os problemas com o plantio da nova safra americana e fecharam em alta ontem. Na Bolsa de Chicago (CBOT), a soja para entrega em julho teve valorização de 1,32%, cotada a US$ 15,3650/bushel. Os contratos de curto prazo tiveram ganhos mais expressivos devido a evidências de que a demanda internacional por soja tem sido maior que a oferta. Vendas para resgate de lucros, depois da expressiva valorização dos últimos dias, limitaram o avanço das cotações.
Milho – As cotações do milho alcançaram novo pico histórico na quinta-feira em Chicago, mais uma vez impulsionadas por problemas climáticos em regiões produtoras do Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Os contratos com vencimento em setembro, que atualmente ocupam a segunda posição de entrega na bolsa – normalmente os de maior liquidez – fecharam a US$ 7,2275 por bushel, em alta de 6 centavos de dólar.
Foi a sétima sessão consecutiva de ganhos em Chicago, com valorização de 16,34% no intervalo, de acordo com cálculos do Valor Data. No ano, a variação positiva acumulada chegou a 54,85%; nos últimos 12 meses, a 79,59%; em dois anos, o salto chegou a 178,52%.
Nesta época, é normal que os traders fiquem atentos aos efeitos climáticos sobre o desenvolvimento das lavouras nos EUA, até porque trata-se do maior produtor agrícola do mundo e as bolsas que referenciam os preços globais estão no país.
Mas esse monitoramento ganhou particular importância depois do relatório desta semana do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que trouxe significativa redução da produtividade dos milharais americanos em relação às previsões anteriores.
As chuvas adversas no Meio-Oeste também atrapalham a produção de soja, e o grão voltou a subir. Os papéis para agosto encerraram o pregão a US$ 15,38 por bushel, 18,75 centavos de dólar a mais que o fechamento da véspera, e aproximaram-se do recorde histórico de 3 de março passado.
O trigo, em contrapartida, não encontrou entre os fundamentos alicerces para seguir em alta (na quinta-feira registrou a maior valorização permitida em Chicago), perdeu a carona do milho e recuou com realizações de lucro.
Os futuros para setembro fecharam a US$ 8,68 por bushel, em queda de 17,50 centavos de dólar. Nas bolsas de Kansas e Minneapolis, outras importantes referências para os preços globais, também houve retrações.