Redação (02/06/2008)- Manter adequadamente a atividade suinícola é muito mais do que a adoção de simples intervenções técnicas, avaliações de impacto ou monitoramentos locais. Por ser considerada impactante ao meio ambiente, pela grande produção de dejetos e resíduos, exige do produtor, antes de qualquer coisa, a compreensão do meio ambiente de maneira sistêmica, levando-se em consideração inclusive as demais culturas e criações.
No recém-lançado livro Gestão Ambiental na Suinocultura, concebido a partir da necessidade de abordar esses impactos e as possibilidades de reduzi-los, pesquisadores de diversos campos científicos buscaram -, tecnicamente e com base em estudos e nas legislações nacional e estrangeira -, reunir as melhores formas de administrar a produção suinícola.
Produzido pela Embrapa Suínos e Aves e editado pela Embrapa Informação Tecnológica, o livro também contou com a colaboração de especialistas de instituições de pesquisa, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), de Santa Maria e Regional Integrada de Erechim (RS).
O tema, que interessa tanto agricultores familiares quanto produtores de grande escala, é apresentado em 304 páginas, divididas em 12 capítulos que vão desde aspectos ambientais da suinocultura brasileira, legislação, nutrição de animais, tratamento de carga poluente, uso de dejetos suínos como fertilizante até recomendações de segurança sanitária até a gestão ambiental propriamente dita em propriedades suinícolas. A abordagem se deve à crescente importância econômica da atividade, com o aumento do número de animais por propriedade, especialmente em regiões produtoras como o Sul do Brasil.