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Punição a avícolas não deverá afetar as vendas

As empresas Avivar Alimentos S.A. (SIF 960) e Real Alimentos Ltda (SIF 2478), de Minas Gerais, e Vigor Alimentos Ltda (SIF 2464), de São Paulo foram denunciadas na última quarta-feira pelo Procon do Espírito Santo.

Redação (27/06/2008)-  A suspensão comercial de três abatedouros de aves ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acusados de vender frango congelado com excesso de água na carcaça, não afetará o abastecimento no mercado doméstico. De acordo com fontes do setor, o mercado de frango no Brasil é muito pulverizado e os três abatedouros juntos não devem responder por mais de 1% da produção mensal no País – que é de 450 milhões de frangos. Dois deles estão localizados em Minas Gerais e um em São Paulo.

As empresas Avivar Alimentos S.A. (SIF 960) e Real Alimentos Ltda (SIF 2478), de Minas Gerais, e Vigor Alimentos Ltda (SIF 2464), de São Paulo foram denunciadas na última quarta-feira pelo Procon do Espírito Santo e serão encaminhadas à fiscalização especial do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
As informações de que grande parte dos frigoríficos trabalham acima do limite de 6% do peso total de água na carcaça do frango já são de conhecimento de boa parte do setor há pelo menos cinco anos. Mas o clima de ceticismo em relação a uma punição exemplar ainda impera. Segundo o Mapa, nos últimos três anos, 77 abatedouros foram autuados. Mas nenhuma medida concreta foi tomada efetivamente.
Segundo foi apurado, essas fiscalizações mexem com a competitividade do setor e para que elas tenham efeito, existe a reivindicação de que seja realizada uma ação nacional similar no mercado interno para que todas as empresas que ultrapassam os limites sejam penalizadas.
Após o término das investigações do Dipoa, o relatório será encaminhado ao Ministério Público, que poderá aplicar multa às empresas de acordo com o potencial lucro que tiveram com a fraude. Segundo o Mapa, em Santa Catarina, um abatedouro de aves foi multado em R$ 1,5 milhão depois de comprovada a irregularidade.