Redação (23/06/2008)- A promessa do governo federal de R$ 550 milhões para pesquisas na área agrícola, provoca expectativa nos centros de pesquisa, como a Embrapa. O dinheiro virá do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Quarenta unidades da Embrapa espalhadas em todo país, mais as unidades centrais em Brasília, devem ser beneficiadas com o dinheiro. Para os centros de pesquisas estaduais serão destinados R$ 260 milhões, totalizando R$ 810 milhões.
””Este dinheiro vem para dar uma injeção na área de pesquisa””, declara José Renato Bouças Farias, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja. O dinheiro também servirá para complementar parte de custeio, investimentos, atualização de laboratórios, reposição de equipamentos. Segundo Renato, boa parte dos recursos vão implementar e incrementar as pesquisas em curso ou em vias de financiamento.
Serão feitas pesquisas na área de nanotecnologia, bioenergia, biotecnologia. ””O dinheiro será utilizado principalmente em bioenergia””, destaca. Ele acrescenta que o dinheiro também será utilizado para o incremento na produção de grãos, mas critica quem culpa o Brasil pela falta de alimentos no mundo. Renato diz que o mundo passou a consumir mais alimentos, porque camadas das sociedades mais pobres ascenderam a condição de consumo de alimentos.
O dinheiro do PAC estaria previsto para ser liberado nos próximos três anos. Primeiramente, para a Embrapa e depois para as Organizações Estaduais de Pesquisa (Oepas) para pesquisa agropecuárias, entre elas o Iapar. Haverá aumento do quadro funcional, hoje na casa de 8 mil em toda Embrapa, criando mais 1,2 mil empregos. Serão criadas mais três unidades da Embrapa – no Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. Este ano, já foi aberta uma unidade de pesquisa, a Embrapa Agroenergia, em Brasília.