Redação (23/06/2008)- Oferta ajustada e aumento da demanda interna fizeram com que os preços da carne suína apresentassem reação, depois de ficarem abaixo do custo de produção por meses seguidos. Na semana passada, suinocultores goianos trabalharam com a cotação de R$ 3,20 o quilo vivo. No início do ano, o quilo do animal vivo estava em torno de R$ 2,50.
O presidente da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), Eugênio Arantes Pires, confirma que houve uma recuperação significativa dos preços e afirma que as cotações não chegaram ao teto. Ele acredita que o preço em Goiás pode chegar a R$ 3,50.
As razões da recuperação, explica, são muitas, a começar pelo crescimento da demanda interna e externa. “O frio e as exportações estão nos ajudando”, diz. Segundo ele, o consumo de carne suína no Brasil cresce durante o inverno, uma conseqüência do mito de que seu consumo não é adequado para o calor.
Também contribuiu para a recuperação dos preços o ajuste da oferta (os suinocultores fizeram abates de matrizes em 2007) e os seguidos aumentos da carne bovina.
A melhoria dos preços, entretanto, não deixa os produtores entusiasmados. Eles continuam muito preocupados com os custos de produção, principalmente com as cotações do milho. O grão representa cerca de 70% dos gastos do setor.
Atualmente, os suinocultores goianos estão pagando entre R$ 20 e R$ 23 a saca de 60 kg, dependendo da região e do volume da compra. Eles têm expectativa de que, com a colheita da safrinha, os preços do milho recuem um pouco, mas temem que a alta demanda mundial pelo produto segure as cotações.