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Redução de custos, mas com melhorias

A principal preocupação das empresas de material genético de suínos hoje é a melhora da conversão alimentar.

Redação (03/03/2008)- A principal preocupação das empresas de material genético de suínos hoje é a melhora da conversão alimentar. O indicador permite saber quanto de ração precisa ser consumida pelo animal para que ele ganhe peso. Quanto menor o índice, melhor para o produtor porque há menos custos para a engorda, cada vez mais cara em conseqüência da elevada cotação do milho.

O objetivo é atender à demanda das agroindústrias, que além de uma melhor coloração e alto percentual de carne magra, procuram diminuir os custos. Recentes lançamentos, como o G-Performer Premium, da Genetiporc, priorizaram a conversão alimentar. Ela exige 2,2 quilos de ração para um quilo de suíno vivo. A versão anterior da empresa tinha uma conversão de 2,5. "O foco é melhorar as características que têm maior impacto nos custos das indústrias", diz Werner Meincke, diretor-técnico da Genetiporc.

Um novo lançamento da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), empresa estatal que desenvolve tecnologia nesta área em parceria com a Coopercentral Aurora, também não foge à regra. Ela lançará oficialmente no próximo dia 10, na Cotrijal, no município de Não-Me-Toque (RS), a linhagem MS-115, uma terceira versão do chamado "suíno light", animal com alto percentual de carne magra e boa conversão alimentar, que acompanha os indicadores conseguidos recentemente pelo setor privado.

O MS-115 substitui a versão anterior de "suíno light", o MS-60, lançado cinco anos depois do MS-58. Em termos comparativos, o MS-115 representa um avanço importante: possui uma conversão alimentar para animais de abate de 2,21 quilos de ração para um quilo de suíno vivo, e poderá ser abatido aos 115 quilos. A conversão do MS-60 era de 2,3 quilos de ração para um quilo de suíno vivo, com o abate ideal a 90 quilos. Além disso, o MS-115 possui carcaça de melhor qualidade, com mais carne magra: 62,9% contra 62,4% do MS-60.

"O MS-60, com o passar do tempo, se tornou antieconômico. O animal tinha que ser abatido com 90 quilos para manter o percentual alto de carne magra. Como era abatido mais cedo (o normal no setor hoje é 110/115 quilos), não diluía os custos fixos de produção, que estão cada vez mais altos. O MS-115 mantém as boas características podendo ser abatido aos 115 quilos", explica Marco Antônio Zordan, diretor de agropecuária da Coopercentral Aurora, que desenvolveu o MS-115 em parceria com a Embrapa.