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Reino Unido tem interesse em parceria na área de biocombustíveis

O ministro Stephanes fez um relato sobre o trabalho desenvolvido pela Embrapa na área de pesquisa, ressaltando que a unidade de Biotecnologia trabalha em conjunto com universidades, instituições privadas e institutos estaduais na área de pesquisa.

Redação (13/03/2008)- A parceria entre o Brasil e o Reino Unido na área de biocombustíveis foi o tema da audiência desta quarta-feira (12), concedida pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes ao conselheiro-chefe para assuntos Científicos do Reino Unido, John Beddington. A implantação de um laboratório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) naquele país também foi tratada na reunião.

O ministro Stephanes fez um relato sobre o trabalho desenvolvido pela Embrapa na área de pesquisa, ressaltando que a unidade de Biotecnologia trabalha em conjunto com universidades, instituições privadas e institutos estaduais na área de pesquisa. A empresa possui programa para descobrir quais seriam as plantas mais rentáveis para a produção de biodiesel.

 “Atualmente, cada hectare plantado de cana-de-açúcar produz nove mil litros de etanol e a meta é chegar a 12 mil litros por hectare nos próximos anos”, enfatizou o  ministro. 

Para John Beddington, o interesse do Reino Unido na parceria com o Brasil se deve ao fato de o País ter grande extensão territorial, ser rico em recursos hídricos e conhecimento científico. “Estamos interessados não só na produção de etanol, mas de alimentos e reconhecemos que o Brasil possui 20 vezes mais doutores em ciências agrícolas que nós”, afirmou.

Stephanes destacou ainda que no Brasil não haverá competição de produção agrícola e de bioenergia. “Se triplicarmos a produção de etanol, vamos incorporar em torno de 4% das terras hoje usadas para a pecuária”, acrescentou.

O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, que deve ser concluído no fim deste semestre, a produção agrícola e de carnes, que devem crescer a uma taxa média de 5% ao ano, também foram temas da reunião.  Além destes, foi discutido o incremento da cooperação de laboratórios oficiais de referência entre os dois países.