Redação AI (17/01/06) – A empresa proibe visitas às suas granjas e há cobertura em todas elas, além de grades de proteção, para evitar contato entre os frangos e quaisquer outros pássaros. Também vem fazendo desinfecção de caminhões e carros que entram em suas granjas.
Finalmente, funcionários e executivos de suas unidades que viajam ao exterior permanecem em quarentena antes de voltar às unidades. A empresa informa ainda que praticamente todos os animais comercializados pela empresa nascem e são abatidos no mesmo Estado. A empresa possui unidades no Paraná, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Mato Grosso.
Com esses procedimentos, a Sadia antecipa procedimentos que já constam do Plano Nacional de Prevenção e Controle da Doença de Newcastle e Prevenção da Influenza Aviária.
Segundo o vice-presidente técnico e científico da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes, em fevereiro será publicada e levada à consulta pública uma Instrução Normativa (IN) com o Plano de Prevenção, que deverá entrar em vigor em 1 de março.
Segundo Mendes, na primeira fase do plano, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul terão 90 dias, após a publicação da instrução, para proibir o trânsito de aves vivas entre os Estados, definir corredores sanitários e colocar em operação postos de controle entre as fronteiras. O processo será auditado pelo Ministério da Agricultura. Já Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal terão um prazo de 180 dias após a publicação da instrução para os procedimentos, enquanto as regiões Norte e Nordeste poderão levar até 12 meses para adotá-los.
Investimentos
Segundo Mendes, da UBA, o investimento de R$ 100 milhões do governo no plano será destinado, entre outras coisas, a equipar e capacitar os Laboratorios Nacionais Agropecuários (Lanagro), para permitir maior velocidade em análises clínicas, uma vez que hoje apenas o Lanagro de Campinas realiza as análises. “Também vai aumentar o monitoramento de aves migratórias. Esse plano faz parte do programa de regionalização ampliado, ainda mais rígido em relação a prazos e com mais ações. É um grande avanço em sanidade avícola”, avalia Mendes. Ele diz ainda que o objetivo é implantar o programa até setembro e mostrá-lo à Organização Internacional de Epizootia (OIE).