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Sadia tem lucro recorde no ano e no 4o. trimestre

A Sadia S. A. encerrou o ano de 2005 com lucro líquido recorde de R$ 657,3 milhões, resultado que superou em quase 50% o registrado no ano anterior.

Redação (14/02/06) – Resultado líquido de 2005 atingiu R$ 657,3 milhões, montante quase 50% superior ao de 2004; a margem líquida, de 9%, também foi recorde;

No 4 trimestre, a empresa apurou lucro líquido de R$ 234,4 milhões, com margem líquida de 11,9%, a melhor da história da companhia;

O faturamento de 2005 chegou a R$ 8,3 bilhões, uma alta de 13,8% na comparação com 2004; somente no último trimestre do ano, a receita bruta foi de R$ 2,2 bilhões, alta de 11,2% em relação ao último trimestre de 2004;

A Sadia fechou o ano com um crescimento de 6,3% no EBITDA, que atingiu R$ 895,5 milhões em 2005, com margem de 12,2%; no último trimestre, a margem de EBITDA alcançou 14,2%, resultado dos esforços da empresa pela melhoria da sua rentabilidade;

A empresa registrou vendas recordes no mercado externo: foi superada a marca de 1 milhão de toneladas exportadas, com receita de R$ 4,1 bilhões, montante 13,7% superior ao de 2004;

No mercado interno, as vendas atingiram R$ 4,2 bilhões, com crescimento de 13,9% em relação a 2004;

Investimentos da companhia em 2005 atingiram R$ 686 milhões, montante quase três vezes maior do que o aplicado em 2004; para 2006, estão previstos investimentos de R$ 850 milhões;

A margem líquida, de 9%, também foi recorde. No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 234,4 milhões, com a melhor margem líquida trimestral da história da companhia: 11,9%. Tais resultados são reflexo dos esforços empreendidos pela Sadia ao longo do ano para ampliação de sua receita, mas com forte controle de custos, visando a crescente melhoria da rentabilidade.

A companhia encerrou 2005 com um faturamento de R$ 8,3 bilhões, sendo que as vendas no mercado externo e interno mantiveram-se praticamente equilibradas. Na comparação com 2004, a receita bruta cresceu 13,8%, um percentual quase quatro vezes superior ao do crescimento da atividade econômica mundial. No mercado interno, o faturamento chegou a R$ 4,2 bilhões, um aumento de 13,9% sobre 2004. No mercado externo, a receita bruta foi de R$ 4,1 bilhões, com alta de 13,7%. No 4 trimestre, o faturamento da Sadia chegou a R$ 2,2 bilhões, o que representou uma expansão de 11,2% em comparação ao mesmo período de 2004.

 

Mercado interno

No mercado doméstico, o volume físico comercializado avançou 11,8% em 2005, para 823,6 mil toneladas. A linha de industrializados liderou as vendas internas, respondendo por 77% da receita de R$ 4,2 bilhões acumulada no ano. As aves em partes e inteiras somaram 14% de participação no faturamento, os suínos 4% e outros produtos responderam por 7%. Somente no último trimestre do ano, as vendas domésticas somaram R$ 1,2 bilhão, com a comercialização de 248,3 mil toneladas de produtos.

Mesmo com o baixo índice geral de atividade no País e a fragilidade na demanda, a Sadia conseguiu elevar seus volumes, graças aos esforços das equipes de vendas, à exploração de novos canais de distribuição e à adequação do mix de produtos à renda do brasileiro.

O segmento de aves registrou elevação de 34,3% no volume de vendas, com incremento de 23,3% na receita bruta, na comparação com 2004. Contribuíram para isso a aquisição da Só Frango, no início de 2005, e o aumento das vendas de frangos inteiros – produto com valor por tonelada inferior ao dos cortes, o que acabou reduzindo os preços médios em 8,4% no ano.

No 4 trimestre, puxadas pela comercialização de produtos natalinos, as vendas físicas e a receita cresceram, respectivamente, 11,4% e 9,1%. O destaque do período foi a Linha Fiesta.

As vendas físicas de industrializados no mercado interno avançaram 11,3% na comparação com 2004, enquanto a receita teve crescimento de 11,6%. Apesar da dificuldade de repassar preços, a Sadia conseguiu manter os níveis praticados no ano anterior.

No segmento de suínos, a empresa redirecionou as vendas para o mercado externo, o que provocou uma redução de 30,5% nos volumes vendidos no Brasil. No entanto, a receita com a venda de suínos recuou apenas 4,2%, já que a escassez de oferta permitiu uma elevação de 38% nos preços praticados. Esse redirecionamento se manteve no 4 trimestre, provocando quedas de 28% no volume e de 11,2% na receita obtida com suínos no mercado doméstico.

 

Mercado externo

A Sadia encerrou 2005 com um recorde histórico: superou a marca de 1 milhão de toneladas de produtos exportados. Dos R$ 4,1 bilhão de receita bruta acumulados no ano com exportações, R$ 1 bilhão foi obtido no último trimestre de 2005.

O destaque do ano foi o segmento de aves, que acumulou receita de R$ 2,9 bilhões, montante 9,7% superior ao apurado em 2004. O volume comercializado chegou a 808,6 mil toneladas, alta de 15% sobre o ano anterior. Houve uma queda de 4,7% nos preços médios em reais de aves ao longo de 2005, fruto da maior comercialização de aves inteiras, em particular pelo aquecimento dos negócios com o Oriente Médio e a América do Sul.

No segmento de suínos, as vendas para o exterior registraram sensível elevação, com a recuperação dos embarques para o mercado russo – espaço reduzido em 2004 quando foram estabelecidas cotas de exportação para aquele País – e também pela retomada do nível normal de produção da Sadia (quando foram estabelecidas as cotas, a empresa havia tomado a decisão de reduzir sua produção, estratégia que foi revista ao longo de 2005). As vendas no ano somaram 105,8 mil toneladas, o que representou uma alta de 33,9% em comparação a 2004. Já a receita com exportação de suínos, de R$ 592,4 milhões, foi 37,8% superior.

As vendas de aves (inteiras e partes) representaram 72% da receita no mercado externo. Os suínos tiveram participação de 15%; os industrializados de 10%; e outros produtos somaram 3%. Na divisão por regiões, 26% da receita foi proveniente de vendas ao Oriente Médio; 24% para a Europa; 21% para a Eurásia; 16% para a Ásia; e 13% para as Américas.

A Sadia é uma empresa de referência na gestão de seus plantéis. Ainda assim, segue aperfeiçoando seus sistemas de controle, particularmente neste momento em que problemas sanitários têm ganhado ampla repercussão. A empresa está tratando o tema com a máxima prioridade e adotando diversas medidas preventivas. Em paralelo a isso, a companhia considera indispensável a implantação do Plano Nacional de Prevenção e Controle da Doença de Newcastle e de Prevenção da Influenza Aviária, pelo Governo Federal, que poderá evitar que o Brasil fique totalmente impedido de exportar no caso da ocorrência de um episódio de gripe aviária, embora nunca tenha sido registrado casos da doença no País. A Sadia tem mantido suas exportações para os mercados por ela atendidos, o que na opinião da empresa demonstra a confiança de nossos clientes no exterior em nossos produtos e representa um redutor de risco.

 

Receita operacional líquida

A receita líquida da Sadia cresceu 16% em 2005, para R$ 7,3 bilhões. Esse montante reflete o aumento de 14,2% no volume de vendas sobre 2004 e a estabilidade do preço médio. No 4 trimestre, a receita líquida foi de R$ 2 bilhões, 14,1% superior ao mesmo período de 2004. No mercado doméstico, o enriquecimento do mix é o principal motivo do crescimento da receita. No mercado externo, mesmo com as adversidades ­- redução do consumo de aves em alguns países, reflexo da gripe aviária; restrições pelo governo russo; greve dos fiscais federais agropecuários; e valorização do Real frente ao Dólar – a companhia ampliou suas operações nos mercados em que está presente.

O custo dos produtos vendidos (CPV) teve alta de 19% em 2005. Sua relação com a receita líquida correspondeu, ao final do ano, a uma margem de 72,6%, ante 70,7% em 2004. A dependência da aquisição de suínos no mercado, principalmente no primeiro semestre, teve reflexo negativo na composição dos custos. Ao longo do ano, essa margem recuou, por causa do fim dessa dependência de suínos do mercado, pelo empenho da Sadia na gestão de custos e, também, pela redução nos preços dos grãos. No 4 trimestre, a relação entre CPV e receita líquida correspondeu a uma margem de 70,4%.

A relação das despesas operacionais sobre a receita líquida teve redução de 1,2 ponto percentual na comparação com 2004, fechando o ano em 18,6%. Já a relação das despesas com vendas sobre a receita líquida teve uma redução maior: caiu de 18,2% em 2004 para 16,9%. Na comparação entre trimestres, a queda foi ainda mais significativa, de 19,5% para 17%.

 

LAJIR e EBITDA

 

O LAJIR (lucro operacional antes das despesas financeiras e da equivalência patrimonial) atingiu R$ 640,8 milhões, superando em 6,5% o montante apurado em 2004. A combinação entre controle de gastos e incremento das receitas permitiu à Sadia atingir um LAJIR de R$ 188,3 milhões no 4 trimestre, montante 169% superior aos últimos meses de 2004.

O EBITDA (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 6,3% em 2005, para R$ 895,5 milhões. A margem anual de EBITDA fechou em 12,2%, ligeiramente inferior aos 13,4% de 2004. Mas os esforços da Sadia pela melhoria da rentabilidade puderam ser percebidos no 4 trimestre, quando a margem de EBITDA da companhia atingiu 14,2%.

 

Resultado financeiro

 

O resultado financeiro líquido da Sadia atingiu R$ 236 milhões em 2005 e continuou fortemente influenciado pelos hedges operacionais, conforme Política Financeira da empresa para se proteger da desvalorização da moeda americana. Em 2004, a Sadia havia registrado uma despesa financeira liquida de R$ 32,7 milhões, quando decidiu reduzir suas aplicações em títulos da dívida externa brasileira, o que levou a um resultado não recorrente negativo de R$ 110 milhões.

A empresa manteve uma estratégia financeira conservadora em 2005, privilegiando aplicações de baixa volatilidade e em prazos compatíveis com os vencimentos de suas obrigações. A companhia também deu seqüência às operações de captação via financiamentos à exportação, recebíveis e crédito rural a juros médios favoráveis, o que contribuiu para alongar prazos e diminuir encargos financeiros. Ao final de 2005, a dívida financeira líquida da Sadia totalizava R$ 417,9 milhões.

 

Investimentos e perspectivas

Para atender às crescentes demandas, tanto no mercado interno quanto no externo, a Sadia investiu R$ 686 milhões em 2005. Desse total, R$ 372,8 milhões (54,3%) foram destinados ao mercado de aves; R$ 194,6 milhões (28,4%) ao segmento de industrializados; R$ 27,0 milhões (3,9%) para suínos; e outros R$ 91,7 milhões (13,4%) direcionados, principalmente, à área de Tecnologia da Informação.

Em setembro, a Sadia anunciou um investimento significativo de R$ 1,5 bilhão no estado do Mato Grosso, para a construção de duas novas unidades de abate de aves e uma unidade de abate e industrialização de suínos. Desse total, R$ 800 milhões serão investimentos diretos da Sadia e os R$ 700 milhões restantes serão aplicados pelos produtores rurais integrados aos projetos. A expectativa é de que estes empreendimentos gerem 8.000 empregos diretos e 24.000 indiretos.

Para 2006, a previsão é de investimentos de R$ 850 milhões, dos quais R$ 400 milhões referentes aos projetos do Mato Grosso. O restante será destinado à ampliação da produção nas diversas unidades da empresa em outros estados.

A combinação entre aumento da capacidade industrial, ajustes operacionais, melhora do portfólio de produtos e clientes e otimização da cadeia logística – aliados às perspectivas de manutenção de preços de grãos e de embalagens – indicam que a Sadia reúne condições para obter uma margem de EBITDA em torno de 13% em 2006, com resultados crescentes nos próximos anos. A Sadia espera aumentar em cerca de um ponto percentual esse resultado a cada ano, de modo a chegar em 2010 com margem de EBITDA de 17%.

No mercado interno, a companhia acredita que as vendas físicas terão boa performance, com previsão de crescimento de 13% sobre 2005. Está previsão está baseada no aumento do salário mínimo em percentual superior ao da inflação, o que aumentará a renda disponível. Outro fator é o surgimento de novos postos de trabalho em decorrência do ano eleitoral, quando normalmente ocorrem maiores investimentos em infra-estrutura.

No mercado externo, as perspectivas também são positivas, apesar da manutenção do câmbio. As vendas físicas devem crescer em torno de 15% sobre 2005, em função da demanda, da expansão de negócios em mercados nos quais a Sadia já está presente e na diversificação da carteira de produtos. Hoje a Sadia exporta para mais de 100 países.