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Sadia vai investir R$ 24 mi no DF

A intenção da empresa é aumentar em 55,5% o volume de abate de aves na unidade de Samambaia, hoje em 180 mil por dia.

Redação (16/06/2008)- A produção de frangos em Brasília vai aumentar e, com ela, o número de empregos nesse ramo de atividade econômica. A Sadia vai investir R$ 24 milhões na fábrica de Samambaia, o equivalente a 1,5% do valor previsto no plano de investimentos da companhia, orçado em R$ 1,6 bilhão este ano, o maior de seus 63 anos. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Gilberto Tomazoni, o empenho será feito até dezembro.

Segundo o executivo, a intenção da empresa é aumentar em 55,5% o volume de abate de aves na unidade, hoje em 180 mil por dia. No médio prazo, a Sadia pretende abater diariamente 280 mil frangos. O investimento foi definido pela proximidade da fábrica dos produtores de grãos usados na alimentação das aves. "Os gastos com transporte têm cada vez mais impacto no custo do produto", diz Tomazoni.

Com mais espaço para a criação, a empresa espera aumentar a receita e, pelos números deste ano, está no caminho certo. De janeiro a maio, a Sadia exportou US$ 44,721 milhões por Brasília. Em igual período de 2007, a cifra foi de US$ 26,094 milhões, uma diferença de 71,38%. "A tendência é de crescimento tanto para o mercado externo quanto para o interno. Os custos de produção, em Brasília, são bastante competitivos", afirma o executivo.

Para sua ampliação, a Sadia precisará contratar. Serão criados 200 postos de trabalho, o que levará a fábrica a fechar o ano com 2,7 mil funcionários, quase o dobro de 2004, quando a companhia adquiriu a Só Frango por R$ 125 milhões. O número de postos indiretos estimado até o fim do ano está em 10 mil trabalhadores, 119% a mais que em 2004.

A crise dos alimentos no mercado externo pode ajudar as empresas nacionais, avalia Tomazoni. "Para o Brasil é muito mais uma oportunidade do que ameaça. Já somos um participante importantíssimo, mas seremos mais ainda a longo prazo", acredita. A expectativa da companhia é crescer entre 12% e 14% este ano e, para isso, aposta na internacionalização do grupo.